Muitos dos detratores dizem que o fato dela ser disputada uma vez a cada quatro anos ajuda a cativar as pessoas da forma como faz.
Talvez esse seja um dos fatores.
Talvez.
Entretanto, fica difícil negar a estima que a população tem pela Copa do Mundo.
A partir do momento que se inicia a primeira partida o futebol passa a fazer parte da vida um número gigantesco de pessoas, não importa se, por exemplo, há um mês atrás a garota de verde afirmou em alto e bom tom que o futebol é o esporte mais entediante já inventado, afinal a Copa do Mundo é maior que tudo isso, é maior do que o próprio futebol, é maior do que tudo.
Tanto é assim que o torneio ultrapassa limites que nenhum outro esporte consegue, nem mesmo os Jogos Olímpicos – também disputado a cada quatro anos e cuja quantidade de pessoas envolvidas diretamente é enorme.
A Copa do Mundo realiza o quê muitos tentaram, sem obter resultados : em determinados períodos, ela consegue abalar normas básicas do capitalismo.
A produção, tanto física quanto intelectual, é imperativa para o funcionamento do sistema capitalista, já que para haver consumo, é necessário que haja algo para se consumir.
Pois.
Em dias no qual irá ocorrer um jogo do Brasil o país pára, para que se possa assistir a partida. Trabalho, aulas e muitos outros são suspensos para que a população possa acompanhar a Seleção Canarinho.
Tal fato não tem precedentes.
Porém, o advento da Copa do Mundo não trouxe apenas desvantagens para o capitalismo.
Principalmente nos meses que antecedem o torneio, centenas de empresas agregam suas marcas ao Mundial.
Atualmente, uma famosa cadeia de fast-food disponibiliza em seu acervo sanduíches com ingredientes tradicionais de sete países que irão jogar a Copa, uma determinada marca de pizza oferece ao consumidor as 32 bandeiras das nações que participarão do torneio, até uma empresa de camisinhas embarcou nisso, ele alteraram a embalagem de seu produto para que contivesse algo que os ligassem ao Mundial.
O motivo disso é simples, nós, consumidores, compramos tais coisas, não importa se o produto não possui qualquer ligação com a Copa do Mundo, não importa se a camisinha é de má-qualidade, é possível até que o preservativo não funcione e quando o bebê nascer, o pai pense : “Pelo menos ele foi concebido com algo ligado ao maior torneio do futebol.”
Mas não se resume a isso.
A política também se aproveita da Copa, não é por acaso que as eleições para presidente do Brasil são sempre marcadas em anos de realização do Mundial, uma boa campanha da Seleção pode muito bem mudar o resultado de uma disputa eleitoral.
Lula tem consciência disso, é por esse motivo que ele andou distribuindo tabelas da Copa que continham seu nome no topo.
Por essas e outras razões que o torneio é um fenômeno, destacando-se dentre qualquer outra competição.
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