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quarta-feira, junho 14, 2006

ALEMANHA 1 X 0 POLÔNIA

Resumo dos 90 minutos:
O time Alemão foi melhor durante toda a partida, os poloneses entraram em campo dispostos a contra-atacar, mas raramente atingiram esse objetivo.
A Alemanha não conseguia fazer o gol, o que irritava muito sua torcida. Apenas nos acréscimos do segundo tempo o time de Jürgen Klinsmann abriu o placar. O gol foi do atacante Neuville, após cruzamento do meia Odonkor (os dois entraram no segundo tempo).

Quem brilhou em campo?
Novamente gostei muito do lateral esquerdo Lahm, que auxilio bastante o ataque e criou diversas jogadas ofensivas pelo lado esquerdo do campo, junto com o meia Schwinsteiger e o volante Ballack. Porém, as costas do lateral ficavam sempre livres, dando condições ao adversário de armar seus contra-ataques por este setor.
O volante alemão, Michael Ballack, também teve uma boa atuação, subindo por diversas vezes ao ataque. Gostaria de esclarecer ao nosso leitor, que Ballack não joga na seleção alemã como um meia armador como muitos dizem, mas sim, de volante. Por essa razão, muitas vezes você vai perceber que o jogador fica muito longe da área adversária.

O que cada equipe precisa corrigir?
Os poloneses entraram em campo dispostos a se defenderem e possivelmente contra-atacar, mas diversos fatores fizeram com que a equipe desempenhasse mal esta função. O time treinado por Pawel Janas, encontrou muita dificuldade na saída de bola, devido a marcação sobre pressão que o time alemão exercia. Isso fez com que a Polônia jogasse a base dos lançamentos, dificultando a armação dos contra-ataques.
Outro fator negativo na atuação dos poloneses foi à marcação pelo lado esquerdo do campo. A equipe se preocupou muito com os avanços de Ballack e Schweinsteiger e permitiu com que o lateral Lahm chegasse com certa facilidade à linha de fundo.
Já o time alemão, insistiu nas jogadas pelas laterais do campo. Pelo lado esquerdo a triangulação entre Ballack, Shweinsteiger e Lahm estava funcionando muito bem (3 chances de gols foram criadas por eles), porém, o lado direito do ataque encontrava maiores dificuldades, pois, Schneider muitas vezes fica isolado, já que o lateral direito, Friedrich, demorava para subir e o volante Frings recompunha a zaga quando a Alemanha estava no ataque (Klismann concertou isso quando colocou o meia Odonkor).

Essa vitória magra mostra que a Alemanha realmente não é uma forte candidata ao título?
Não, pelo contrário. O time de Klismann jogou bem e criou diversas oportunidades de gol. Acho que a equipe poderia ter tentado centralizar um pouco mais o jogo, diminuindo os ataques pelas laterais do campo.
Mas num todo, a equipe agradou e demonstrou que pode ir longe com o apoio de sua torcida.

Texto por Ricardo Levy, análise Tática por Rakal D'Addio, imagem por Marcel Jabbour.