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terça-feira, julho 04, 2006

Itália

Atuando no 4-4-2 tradicional
De início já peço desculpas pela repetição que virá a seguir, mas ela é necessária, por que a Itália dessa Copa vem demonstrando que é de fato a Itália.

Historicamente a “Azzurra” não apresenta um futebol vistoso e em função disso o time é considerado o azarão deste Mundial, mesmo assim ela avança e por isso surpreende.

Em 2006, por enquanto, isso vem se confirmando, afinal a Itália está na semi-final, é verdade que Austrália e Ucrânia não são oponentes demasiadamente fortes, por outro lado, a “Azzurra” foi sorteada em um dos grupos mais fortes da Copa, quiçá o mais forte, Estados Unidos, Gana e República Tcheca não tem tradição, mas principalmente os dois últimos demonstram futebol suficiente para ganharem respeito.

A Itália não possui esquema tático ou time titular definido, durante as eliminatórias e os amistosos de preparação, o técnico Marcelo Lippi repetiu poucas vezes a escalação de sua equipe principal.

Na Copa a “Azzurra” já atuou em dois estilos de 4-4-2 e no 4-3-3, além disso todos os jogadores de seu elenco (a exceção dos dois goleiros reservas) participaram de algum jogo.

Mesmo assim a equipe possui uma base:

Buffon defende as metas italianas e até agora fez isso com primor, não é para menos que o respeitadíssimo jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho escala o arqueiro em sua seleção do Mundial.

Seja na direita ou na esquerda, Zambrotta é o lateral titular da Itália, o jogador tem a tendência a compor o setor defensivo, mas suas subidas ao ataque podem ser perigosos, o primeiro gol da equipe contra a Ucrânia, por exemplo, foi criado e marcado por ele.

O volante Pirlo é importantíssimo nessa equipe, os ataques da “Azzurra” começam nele, uma vez que cabe ao atleta a função de realizar a transição da defesa para o ataque, ademais o volante aparece rotineiramente a frente, tornando-o um importante elemento surpresa.

O miolo da zaga também não muda, quer dizer não mudaria se Nesta não tivesse lesionado, em função disso Cannavaro faz dupla com Materazzi ou Barzagli, com qualquer parceiro Cannavaro vem tendo boas atuações, seus cortes e desarmes precisos foram valiosos para que a Itália sofresse apenas um gol na competição, sendo que este foi causado diretamente por uma falha de Zaccardo.

Figura nesta lista também o meia da Roma Perrotta, embora não seja considerado um dos craques da equipe italiana, ele é o principal armador da seleção, dono de certa técnica, são de seus pés que saem diversas jogadas da “Azzurra”.
Além disso, alguns podem ser considerados como uma espécie de “12º jogador”, se enquadram nessa lista: Gattuso, Totti, Gillardino, Grosso e Luca Toni. Eles estão mais presentes no time titular do que no reserva, embora todos tenham ficado no banco em algum momento.

Destaca-se Gattuso e Totti. Valendo-se da suspensão de De Rossi o volante ganhou vaga no time principal, por sua vez, o camisa 10 da Itália é o jogador mais técnico do time – em razão disso é considerado por muitos o maior craque do elenco – grande parte dos lances de genialidade italianos são de sua autoria.

Apesar de não ter definido os onze iniciais, a “Azzurra” vem demonstrando possuir forte contra-ataque, foi graças a essa arma que derrotou Gana, em sua estréia.