<$BlogMetaData$>

terça-feira, julho 04, 2006

Alemanha 0 X 2 Itália

Resumo do jogo:

Em uma partida repleta de emoções a Itália venceu os donos da casa e se classificou para a final da Copa do Mundo. O resultado foi de certa forma surpreendente, já que a equipe de Jürgen Klismann vinha atuando de maneira bastante convincente e contava com total apoio da torcida.

Durante os primeiros 25 minutos a “azzura” controlou o jogo e teve uma posse de bola muito superior à equipe alemã (57% contra 43%), porém, os italianos não conseguiam construir lances que lavassem perigo ao gol de Lehmann e sofriam contra-ataques bastante perigosos (exemplos são: um chute de Ballack aos 8 minutos e uma finalização de Schneider cara a cara com o goleiro Buffon).

No segundo tempo a Alemanha melhorou e começou a levar mais perigo, aos 50 minutos o atacante Klose realizou jogada individual e só parou no goleiro Buffon. Já aos 62 minutos, Schneider deu ótima assistência para Podolski que girou em cima do zagueiro e chutou forte para Buffon realizar grande defesa.

A melhora da Alemanha não foi suficiente para alterar o marcador e durante os 90 minutos o jogo ficou mesmo no 0 a 0.

Na prorrogação o treinador italiano Marcelo Lippi fez substituições que deixaram sua equipe com características mais ofensivas (Iaquinta no lugar de Camaronesi e Del Piero substituiu Perrota). A iniciativa do treinador fez com que a Itália crescesse no jogo, e logo nos primeiros minutos da prorrogação os italianos acertaram duas bolas na trave do goleiro Lehmann.

O jogo começou a ficar lá e cá, as duas equipes tinham chances de abrir o placar, porém, quem conseguiu o feito foi a “azzura” aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, quando Pirlo deu um bom passe para Grosso que chutou colocado no canto direito do goleiro alemão (1 x 0).

A Alemanha se desesperou e partiu para o ataque, mas a necessidade de igualar o marcador fez com que a equipe de Klismann deixasse de marcar o adversário e aos 16 minutos (nos acrescemos do juiz) os donos da casa sofreram o segundo gol. Após contra-ataque armado por Gilardino o meio campista Del Piero acertou um lindo chute no canto esquerdo de Lehmann (2 x 0).

A Itália está na final.

O que a Itália precisa concertar?

O lateral esquerdo Grosso é uma importante arma ofensiva, porém, algumas vezes durante o jogo a cobertura nas costas do lateral foi muito mal feita. Durante 2 vezes o zagueiro Materazzi ficou no mano a mano com o meia Schneider, causando momentos de tensão para os torcedores italianos.

As coisas pioraram na prorrogação, quando Odonkor (que entrou no lugar de Schneider) começou a explorar as costas de Grosso. Um claro exemplo da falha de posicionamento do time italiano ocorreu aos 16 minutos do primeiro tempo da prorrogação, quando o meio campista Odonkor arrancou com a bola pelo lado esquerdo da zaga italiana. O defensor Materazzi abandonou a sua posição para dar combate ao meia alemão, porém, ao ir para cima de Odonkor, Materazzi deixou Podolski livre na área, na continuação do lance o meia campista da Alemanha escapou da marcação do zagueiro italiano e cruzou para o jovem atacante que de cabeça perdeu uma oportunidade incrível (no lance Gattuso cometeu um erro de posicionamento, pois ele deveria estar cobrindo as costas do lateral).

Outro erro da “azzura” foi o excesso de liberdade que a equipe deu para Kehl. Sei que raramente o volante subia ao ataque, porém, quando o alemão realizava esses avanços gozava de total liberdade (em dois lances o volante enfiou bolas para os atacantes Klose e Podolski).

Texto Ricardo Levy, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Del Piero = Craque

Totti = Roger Galisteu

7:50 PM  
Anonymous Anônimo said...

Del Piero = Craque

Totti = Roger Galisteu

7:50 PM  
Blogger Rakal D'Addio said...

Na minha mais do que modesta opinião o Perrotta tem características similares com a do Roger, o Totti é melhor, bem melhor.

8:44 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ricardo e amigos do Blog: concordo com a leitura de vocês e acrescento que os 30' da prorrogação foram dos melhores desta Copa.
Nem me falem em Roger!!!
Abraços, Anderson (Blog "O Fino da Bola")

9:01 AM  
Blogger dezazucr said...

É anderson, na prorrogação as duas equipas tentaram ganhar e o cansaço nas pernas também obrigou a que houvesse mais espaço (os jogadores já não recuperavam tão rápido a posição), deixando o jogo de ser tão táctico. A Itália esteve em grande, mostrando uma faceta recente de pressão mais intensa, deixou de esperar pelo erro adversário. Por um lado, gostei muito desta Itália, por outro tenho pena, pois Portugal para ganhar tem de ser superior a ela... mas por outra, também é missão quase impossível bater a França. Mas no futebol tudo é possível, o que nos dá esperança.

11:29 AM  
Blogger Victor said...

Ricardo, o "erro" da Azurra de fato existiu. Meu questionamento é se foi, de fato, erro.

É a tecla que estou batendo sempre. Os times tem de arriscar algo.

Não dá no futebol para fazer defesa perfeita e ataque efetivo. Não durante 90 minutos. Esses erros tem de ocorrer para que uma equipe seja superior a ourtra. Ela tem de correr riscos.

Vide a derrota do Brasil. Quem não corre riscos, fica pouco perigoso. Acaba dando confiança a outra equipe. E sendo martelado, uma hora a bola entra.

Abraços
Victor

1:50 PM  

Postar um comentário

<< Home