


Apesar das constantes mudanças de escalação impostas por Marcelo Lippi, a Itália mostrou algumas características em comum em todos os seus jogos: a marcação forte e as saídas para o contra ataque.
Dessas duas características, a que os italianos mais se utilizam para vencer é a forte marcação.
Contra a Ucrânia foi assim. Em um meio campo povoado por jogadores que defendem muito bem, a Azurra se impôs sobre os ucranianos, que pouco criavam e nada ameaçavam os italianos.
Pra usar um chavão moderno do futebol, o gol italiano saiu “naturalmente” e bem cedo. Zambrotta arrancou com a bola e chutou forte no canto de Shovkovsky:1x0.
O gol precoce e a impotência de seu time frente a marcação da Itália, fez o técnico Oleg Blokhim retirar um zagueiro (Svidersky) para a entrada de um atacante (Vorobey). Mesmo assim, as únicas chances dos ucranianos eram os chutes de longe, que pouco ameaçavam a meta de Buffon.
Na segunda etapa o jogo mudou um pouco. A Itália continuava a esperar os ex-soviéticos em seu campo, porém os ucranianos tentaram agredir mais os italianos. Aos 5, Gusin cabeceou para a belíssima defesa de Buffon. Aos 12, Gusev parou novamente nas mãos de Buffon e na sobra Kalinichenko chutou para que Zambrotta tirasse a bola em cima da linha.
Após ter 3 claras chances de empatar, a Ucrânia levou o castigo. Após escanteio, Totti colocou a bola na área e Luca Toni, desencantando, marcou 2x0, praticamente selando a vitória da Itália.
Praticamente, porque Gusin ainda colocou mais uma bola na trave de Buffon e porque Toni ainda marcou mais um, aos 24, selando a goleada e reeditando um dos jogos mais tradicionais das história das Copas: Alemanha x Itália.
Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
Um jogo digno de copa do mundo, um grande confronto entre dois campeões mundiais. As duas seleções tendo sobre si grandes responsabilidades. De um lado os alemães, donos da casa e jogando com o apoio da torcida tentando repetir o feito de 1974, quando também jogando em casa, derrotaram na final o time holandês, mais conhecido como “laranja mecânica”, tido por muitos como um das maiores equipes de todos os tempos. Do outro os argentinos tentando apagar a péssima impressão deixada no mundial anterior, quando a equipe foi eliminada logo na primeira fase da competição.
A partida começa com a Alemanha tentando, como nas outras partidas que disputou, impor seu ritmo de jogo, um jogo rápido pelas pontas, tentando sufocar o adversário para conseguir um gol logo no inicio. Mas ao contrario do que aconteceu anteriormente nesse mundial, os alemães estavam enfrentando um time que poderia suportar isso e alem disso, poderia anular essa estratégia. Foi o que aconteceu. Os argentinos com uma marcação muito forte no meio de campo, impedia os avanços dos comandados de Klinsmann, ficavam sem opções de jogadas quando chegavam ao meio do campo. Com isso a única chance real de gol dos alemães foi uma cabeçada de Ballack aos 16 minutos de jogo. A Argentina por sua vez, tocava bem a bola distribuindo bem suas jogadas tendo também maior posse de bola durante todo o primeiro tempo. Mas apesar de ter maior posse de bola, a equipe de Pekerman também não conseguiu criar grandes chances de gol na primeira etapa, ficando limitada a algumas jogadas de Tevez.
Na segunda etapa as equipes voltaram sem alterações e logo no primeiro ataque argentino, Riquelme bateu escanteio pela direita do ataque e o zagueiro Ayala colocou a bola nos fiundos da rede de Lehmann.
Esse gol fez com que a equipe germânica despertasse para a partida. Mesmo com uma nova postura, o time da Bavária tinha sérios problemas para atacar, já que suas jogadas pelas pontas estavam bem marcadas. Sendo assim, a primeira chance para o empate só apareceu aos 19 minutos, Ballack desperdiçou a chance. Só aos 35 minutos, em um cruzamento de Ballack, a bola foi desviada por Borowski e o artilheiro do mundial Klose não perdoou empatando a partida. foi o quinto gol de Klose nessa copa.
Na prorrogação nenhuma das equipes arriscou muito e praticamente esperaram o tempo passar para poder decidir a sorte nas cobranças de penalidades.
Nas cobranças de pênaltis Lehman pegou os pênaltis de Ayala e Cambiasso. Para a Alemanha, Neuville, Ballack, Podolski, Borowski converteram suas cobranças classificando sua seleção para as semi-finais. Os alemães esperam o vencedor do confronto entre Itália e Ucrânia.
Texto por Renato Sardim, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
Você pode conferir a arte de Takamura no site Caricaturas e Charges.
Pela sétima vez na história e pela segunda vez em Copas do Mundo Brasil e França se confrontariam, a seleção brasileira havia perdido uma única vez em toda história para seu rival, a derrota aconteceu em 1978 num amistoso em Paris, onde o time “canarinho” perdeu para os europeus por 1 a 0, gol marcado pelo craque Michel Platini aos 86 minutos de jogo.
Em 1986 a história foi um pouco diferente, os times se enfrentavam nas quartas-de-final da Copa do Mundo do México, a equipe dirigida por Telê Santana sofria fortes críticas por parte da imprensa nacional, que não concordava com o esquema tático adotado (como agora). Telê utilizava dois cabeças de área que tinham a função de manter a defesa protegida, os jornalistas não concordavam com isso, pois, achavam que o time brasileiro deveria ser mais ofensivo e mostrar um futebol mais bonito (como agora).
Dias antes da partida contra os franceses o treinador brasileiro relatou a imprensa que manteria o esquema, que até então, segundo Telê era muito eficaz, já que o Brasil havia passado pelas 4 primeiras partidas sem sofrer um único gol.
O jogo contra a França ocorreu no dia 21 de junho no estádio Jalisco, em Guadalajara. A seleção “canarinha” começou melhor a partida e aos 18 minutos abriu o placar com Careca (1 x 0). Após o gol o Brasil continuou mandando no jogo, porém, por uma dessas fatalidades do futebol a França empatou, após cruzamento de Rocheteau a bola desviou em Edinho e sobrou para Michel Platini que empatou o jogo (1 x 1). Assim terminou o primeiro tempo.
Na segunda etapa a equipe comandada por Telê Santa continuou melhor e pressionava o adversário, Zico (entrou no lugar de Müller) teve a chance de desempatar num pênalti sofrido por Branco, porém, o "galinho" chutou nas mãos do goleiro Joel Bats. O segundo tempo terminou com mesmo placar que começou (1 x 1) e agora as equipes tinham a prorrogação pela frente.
Na prorrogação nada mudou e a partida foi para os pênaltis. Julio César e Sócrates desperdiçaram suas cobranças, já o francês, Bruno Bellone chutou o seu na trave, mas em uma dessas peças do destino a bola bateu nas costas do goleiro Carlos e entrou. A França conquistou a vitória no pênalti batido por Luiz Fernandez, que eliminou o Brasil da Copa (4 x 3 nos pênaltis).
Após alguns dias a FIFA divulgou um comunicado onde relatava que o árbitro romeno, Ioan Igna, havia cometido um equivoco ao validar a cobrança de Bellone, aumentando ainda mais a frustração do povo brasileiro.
As polêmicas em redor de Felipão e da sua convocatória parecem afastadas, ou pelo menos submergidas, pelas quatro vitórias consecutivas da equipa na Alemanha, e o momento é de união em torno de jogadores e técnico.
Estando apenas presentes oito selecções em prova, é lícito que cada uma delas se sinta com capacidade para ir à final e ser campeã. Desta forma, também em Portugal se sonha com essa possibilidade, embora o caminho até lá ainda seja longo e árduo.
Nesta altura, a principal preocupação lusa é o facto de a equipa se ver privada do contributo dos titulares Costinha e Deco – Cristiano Ronaldo parece a caminho da recuperação - para o confronto com a Inglaterra, fruto das peripécias ocorridas na partida das oitavas com os holandeses. Esse jogo ainda domina as discussões, com fortes críticas ao excessivo rigor da arbitragem do russo Ivanov, e à falta de fair-play dos holandeses em alguns momentos da partida.
Mas se este conturbado jogo deixou marcas físicas e disciplinares na equipa portuguesa, a verdade é que, com todo o seu dramatismo, também parece ter servido para reforçar ainda mais os laços de união entre os jogadores, entre eles e seu técnico, e entre a generalidade dos adeptos e todo o grupo. Muita gente parece agora perceber o porquê de Scolari se ter mantido fiel a determinados elementos (mesmo em menor forma), edificando um espírito de equipe fortíssimo, sem o qual não teria sido possível resistir ao enorme desgaste mental que esta partida exigiu.
Assim sendo, nem mesmo as ausências são capazes de subtrair o otimismo dos portugueses, que para além da qualidade da equipe, e de algumas das alternativas de que dispõe no banco (Petit e Simão, ambos em boa forma, serão seguramente os escolhidos), se baseiam também na história recente de confrontos com equipes inglesas – vitórias no Euro 2004, no Euro 2000, e vários sucessos a nível de clubes, como por exemplo as eliminações de Manchester United e Liverpool aos pés do Benfica na última Champions League - para acreditar na presença nas semi-finais desta Copa.
Se assim suceder, se dará provavelmente o reencontro de Scolari com o seu Brasil, e já se recorda também que, na única vez em que se enfrentaram a título oficial, a vitória sorriu a Portugal. Mas ainda é cedo para pensar nisso."
*LUIS FIALHO é português e também escreve para o blog www.vedetadabola.blogspot.com
GOLEIRO - DIDA (BRASIL)
LATERAL-DIREITO - MIGUEL (PORTUGAL)
ZAGUEIROS - CANNAVARO (ITÁLIA) e VASCHUK (UCRÂNIA)
LATERAL-ESQUERDO - LAHM (ALEMANHA)
VOLANTES - BALLACK (ALEMANHA) e ZÉ ROBERTO (BRASIL)
MEIAS - RIBÉRRY (FRANÇA) e SCHWEINSTEIGER (ALEMANHA)
ATACANTES - RONALDO (BRASIL) e PODOLSKI (ALEMANHA)
Em um jogo com poucos momentos de emoção, a França eliminou a Espanha e irá encarar o Brasil no sábado, pelas quartas de final da COPA.
1º TEMPO
Com marcação forte no meio campo, o jogo começou muito equilibrado, com pouquíssimas jogadas ofensivas. Até os 15 primeiros minutos, os espanhóis possuíam mais de 60% da posse de bola, o que não significava superioridade na partida, já que a Espanha não criava.
A prova disso foi que a o primeiro lance de perigo do jogo foi francês. Zidane fez belo lançamento para Henry. O atacante cruzou na área, mas nem Riberry (guarde esse nome) nem Vieira (hum...guarde esse nome também) conseguiram empurrar a pelota pra dentro.
E no mais belo estilo “quem não faz toma”, os espanhóis impuseram o castigo aos franceses. Depois de um escanteio, Thuram fez pênalti em Ibañez. David Villa bateu muito bem e fez 1x0.
Apesar do gol, a equipe de Raymond Domenech soube tocar a bola e em uma tabela entre Vieira (olha ele aqui) e Riberry (opa! Também você?), esse último saiu na cara de Casillas, driblou e empatou a partida.
2º TEMPO
A segunda etapa continuou muito equilibrada e quem esperava um jogo cheio de lances perigosos viu uma grande disputa no meio campo. Conforme o tempo passava, as equipes se preocupavam mais ainda em não sofrer gols e quando parecia que isso ia acontecer, veio a virada.
Em falta, Zidane alçou a bola na área, Xabi Alonso desviou para trás e Vieira(olha ele aqui de novo!) completou para as redes.
Com isso os espanhóis se mandaram, desordenadamente, para o ataque, dando espaços. Em um desses espaços, Govou achou Zidane livre. O carequinha teve calma e talento para fechar o placar: 3x1, fazendo o que, se deus quiser, será seu último gol da carreira.
No sábado às 16h, Brasil e França se enfrentam em Frankfurt. Pode ser a chance do Brasil se vingar da final de 98 ou também a chance dos franceses repetirem o jogo de 86, e eliminar os brasileiros nas quartas de final
Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica Marcel Jabbour.
A Seleção de Gana é conhecida popularmente como o Brasil da África, entretanto na partida de hoje ela demonstrou uma característica bem distante da equipe tupiniquim, à exemplo das esquadras européias os africanos usam uma defesa em linha com o intuito de colocar o adversário em empedimento.
Logo aos 2 minutos o Brasil de verdade aproveitou-se disso, Kaká fez ótimo passe para Ronaldo, que partiu em velocidade e saiu cara-a-cara com o goleiro, diante disso o atacante driblou Kingson e marcou seu terceiro gol na Copa de 2006 e o décimo-quinto na soma de todos os Mundiais, essa marca o faz passar Gerd Müller, tornando Ronaldo o maior artilheiro em Copas.
Porém, ao contrário do que se esperava o Brasil não passou a dominar o jogo, bem pelo contrário na realidade.
Isso porque Gana monopolizou a posse de bola, além disso os africanos conseguiram criar diversas chances de gol, se não fosse a falta de pontaria demonstrada hoje a equipe poderia ter complicado a situação da seleção canarinho.
Em um contra-ataque veloz, aos 29min, Amoah faz boa jogada mas finaliza mal.
Aos 34' em jogada pela direita o camisa 3 Gyan recebeu cruzamento dentro da área e quase marca.
Sete minutos depois, os ganenses tiveram sua maior chance na partida, após cobrança de escanteio o zagueiro Mensah, que estava muito próximo da meta, cabeceia, Dida faz defesa no susto com as pernas e salva os tupiniquins do empate.
Gana deixava sua defesa muito exposta, isso porque os quatro atletas de meio-de-campo avançavam para o ataque, porém o Brasil não aproveitou-se tanto quanto poderia disso, já que quando recuperava a bola e tinha a possibilidade de sair em contra-ataque, a seleção ou errava muitos passes ou sofria faltas.
O zagueiro Lucio, por incrivel que pareça, teve que dar um basta a isso, há poucos instantes do fim da etapa inicial ele avançou com a bola e fez ótimo passe para Cafu na direita, o lateral foi até o fundo e cruzou para Adriano fazer o segundo.
O camisa 7 estava visivelmente impedido na jogada, se a defesa em linha de Gana já tinha defeitos, ela tornava-se mais impotente ainda quando o bandeira não vê a irregularidade, afinal essa é sua única função.
Foi o gol de número 200 do Brasil em Copas,nenhuma outra seleção alcançou esta marca.
O segundo tempo chegou com Gilberto Silva no lugar de um lesionado Emerson, mas o Brasil continuou com os mesmos problemas, uma vez que desperdiçava ataques e entregava a esférica para os adversários com facilidade.
Não é por acaso que aos 15 minutos Parreira decidiu tirar Adriano para dar lugar a Juninho Pernambucano, a alteração também foi tática, já que o Brasil também mudou o esquema, a seleção voltou a atuar no 4-5-1.
A principio tal alteração funcionou, mas não até o final do jogo, aos 33' Gyan recebeu lançamento rasteiro nas costas de Lucio, o atleta adentrou a área e arrematou fraco, para a sorte de Dida que realizou defesa simples.
Dois minutos mais tarde o mesmo Gyan foi expulso após simular infantilmente um pênalti, com isso o Brasil encontrou menos dificuldade para trocar passes e reter a posse de bola.
Aos 37' nova substituição, Ricardinho entrou no lugar de Kaká e o atleta corinthiano soube aproveitar muito bem o tempo que teve em campo, tanto é assim que conseguiu fazer quatro passes que deixaram companheiros na cara do gol, dentre esses o do terceiro tento brasileiro.
Zé Roberto avançou em direção a defesa de Gana e recebeu lançamento aéreo, o volante deixou a bola pingar a chapelou o goleiro Kingson, sem obstáculos ele só precisou tocar a bola para as redes.
Três a zero e o placar estava selado.
Agora um dos "Brasis" ruma para a África, o outro avança para as quartas-de-final e lá eles podem encontrar a França, talvez não vá haver uma partida melhor para se vingar da final de 98, até porque se os "Bleus" forem desclassificados será a última partida de Zidane, o herói do título de 6 anos atrás, em contrapartida a equipe tupiniquim corre o risco de sofrer outra derrota para os franceses.
Análise Tática e Texto por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
Suíça e Ucrânia disputaram hoje, um lugar nas quartas-de-final da Copa do Mundo.O vencedor desse confronto pega a seleção da Itália na próxima fase do torneio. Os suíços chegaram as oitavas-de-final depois de ter ficado com a primeira colocação no Grupo G, grupo esse que tinha a França como favorita para ser a primeira colocada, graças a duas vitórias e um empate, e ainda com o interessante fato de ser a única equipe a não ter sofrido nenhum gol até agora. Já a Ucrânia, não começou bem a competição, sendo goleada pela Espanha (4 a 0) em sua estréia, mas os antigos integrantes da extinta União Soviética, responderam com um resultado idêntico diante da Arábia Saudita, antes de derrotarem a Tunísia por 1 a 0, garantindo um lugar entre as 16 seleções classificadas.
A partida não teve lances de emoção, nenhuma das equipes fez muita questão de procurar o gol durante os noventa minutos, parecia que desde o começo os jogadores estavam esperando ansiosamente as cobranças de pênaltis. O jogo foi marcado também por um menor número de jogadas violentas, com apenas um cartão amarelo para o suíço Barnetta.
A Ucrânia tentou desde o começo do jogo, pressionar a saída de bola dos suíços, mas isso não deu muito certo e os ucranianos não conseguiram fazer com que essa pressão na saída de bola se transformasse em domínio real do jogo.
Aos 13 minutos a primeira grande chance de gol do jogo foi criada em uma saída de bola errada da Ucrânia e Wicky aproveitou para chutar contra a meta do goleiro Shovkovskyi.
Depois de um tempo de bola rolando a estratégia da Ucrânia, começou dar frutos. Avançando pelos lados e trocando passes rápidos, a equipe dirigida por Oleg Blokhin conseguia avançar constantemente em velocidade, mesmo que as jogadas não terminassem em boas finalizações. As melhores chances de gol criadas, foram em jogadas de bola parada, e aos 20 minutos, Shevchenko quase marcou, depois de uma cobrança de falta pelo lado esquerdo do campo.
Com a defesa fortalecida, depois da saída do jovem Djourou, a Suíça voltou para o segundo tempo ainda sofrendo um pouco com a presença maciça da Ucrânia em sua intermediária, mas conseguia interceptar facilmente as tentativas do adversário.Com exceção das faltas e escanteios.
A Ucrânia continuava a ser a equipe mais perigosa. Aos 29min, o zagueiro Gusin quase marcou ao se antecipar aos zagueiros da Suíça e mandar a bola, de cabeça, muito próxima à trave. A partir daí, as duas equipes passaram a evitar riscos e levar o jogo para a prorrogação.
Mas nem mesmo o tempo extra fez com que as duas equipes decidissem correr riscos para buscar a vaga nas quartas sem a necessidade da disputa por pênaltis. Nos últimos 15 minutos da prorrogação, as duas equipes praticamente gastaram o tempo e evitaram jogadas que pudessem proporcionar contra-ataques vindo dos adversários empurrando assim a decisão para a disputa por penalidades.
Nos pênaltis a Ucrânia venceu por 3 a 0, e já começa a pensar no confronto das quartas-de-final, contra a tradicional seleção Azzurra, que venceu a Austrália por 1 a 0.
Texto por Renato Sardim, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
Resumo dos 90 minutos:
O troco foi dado e de uma maneira perfeita, não poderia ser melhor para a “azzura” que estava louca para eliminar o treinador Guus Hiddink (treinador da Coréia do Sul na Copa de 2002).
A Itália esteve melhor durante todo o primeiro tempo, a equipe treinada por Marcelo Lippi criava as melhores oportunidades de gol, enquanto seu adversário, ficava girando a bola pelo meio campo sem levar nenhum perigo ao goleiro Buffon.
No segundo tempo as coisas mudaram e a Austrália começou a controlar a partida. Essa mudança ocorreu, porque, logo aos 7 minutos da segunda etapa o zagueiro italiano, Materazzi, foi expulso após cometer falta em Bresciano.
A partir de então os australianos começaram a realizar uma tímida pressão, enquanto a Itália esperava o momento de contra-atacar. E foi assim que a “azzura” marcou o gol, aos 93 minutos de jogo (acréscimos) o lateral esquerdo Grosso arrancou sozinho para o ataque, ao invadir a área ele cortou Bresciano e logo em seguida foi tentar driblar o zagueiro Neill, na jogada o zagueiro australiano e o lateral italiano se enroscaram e o juiz deu pênalti (jogada muito polêmica, mas para mim, não foi pênalti). Após muita discussão Totti bateu e classificou a Itália.
Lembramos que em 2002 Totti foi expulso no jogo contra a Coréia do Sul e a Itália foi muito prejudicada pela arbitragem neste confronto, onde o treinador da equipe asiática era Guus Hiddink (na Copa da Coréia e do Japão a Itália também enfrentou a equipe de Hiddink nas oitavas de final, porém, naquela ocasião foi derrotada por 2 a 1).
Sei que no momento a última coisa que os australianos e Hiddink querem ouvir são ditados populares, mas aqui no Brasil temos um que se encaixa perfeitamente no momento, então aí vai: quem com ferro fere, com ferro será ferido! (acho que representa o fato muito bem).
O que a Itália precisa fazer para vencer a Ucrânia?
O time italiano joga através dos lançamentos de Pirlo para Luca Toni, isso faz com que a equipe trabalhe pouco a bola no meio de campo, dificultando as ações dos meias ofensivos e fazendo com que a bola chegue meia quadrada para os atacantes (que precisam dominar a bola).
Contra a Ucrânia a seleção italiana terá mais liberdade para realizar as jogadas de meio de campo com Del Piero e Perrota, já que os ucranianos realizam uma marcação mais fraca nesse setor do campo. Porém, os laterais da “azzura” deverão ficar mais presos do que de costume, pois, a equipe dirigida por Oleg Blokhin joga no 4-3-3 explorando as laterais do campo.
Texto por Ricardo Levy, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
Esse Portugal x Holanda sem dúvida entrará para história dos Mundiais. Não pela beleza do espetáculo, mas pelo nervosismo. Não há exageros se dissermos que essa partida foi uma batalha.
1º TEMPO
Portugal foi melhor na partida durante boa parte da primeira etapa. Aproveitando o talento de seus jogadores de meio campo, os portugueses tocaram melhor a bola e mereceram o gol, que saiu aos 23 minutos. Em uma troca de passes pela direita, Pauleta recebeu a bola e achou Maniche dentro da área. O meia cortou um zagueiro e chutou forte para fazer 1x0.
O primeiro tempo também teve como destaque o árbitro russo, Valentin Ivanov. Ele errou em não expulsar o zagueiro Boularhouz, que deu uma entrada violenta em Cristiano Ronaldo. O jogador português tentou permanecer em campo, mas acabou sendo substituído por Simão. O juiz também prejudicou os holandeses ao não dar pênalti em Robben, que recebeu uma voadora de Nuno Valente.
Ainda na primeira etapa, Costinha, que não é o piadista, armou uma brincadeira de mau gosto para Felipão. O volante já possuía cartão amarelo e, em um lance infantil, colocou a mão na bola, sendo expulso de campo.
2º TEMPO
O segundo tempo começou com a maior chance da Holanda para empatar o jogo, após cruzamento de Robben a bola sobrou para Cocu que , posicionado na área sem marcação, mandou um petardo no travessão.
Mas o que realmente marcou essa etapa foi o caráter agressivo e brigado.
Primeiro vamos às expulsões:
Aos 17, Boularhouz(lembra dele?) deixou o braço no rosto de Figo, já tinha amarelo e...Bingo!Varmelho pro zagueirão.
Aos 33, Deco, já devidamente amarelado, retardou a reposição da Holanda e.....tchanam!Vermelho!
Talvez por inveja, seu companheiro de Barcelona, Van Bronckhorst, deu uma entrada dura em Tiago. Que surpresa....cartão vermelho!
Além das expulsões houve cabeçada de Figo em Van Bommel, empurrão de Heitinga em Petit e sete cartões amarelos e por ai vai.
No meio de tanta confusão, também houve um pouco de futebol. É claro que devido as circunstâncias de jogo, muitas vezes a tática foi deixada de lado e o que contou mesmo foi a raça.
Com a expulsão de Costinha, Felipão tirou Pauleta e colocou Petit para remontar o meio de campo. Com isso, Figo, Simão e Deco eram os responsáveis pelos ataques, na verdade contra ataques portugueses.
Já Van Basten trocou Mathijsen por Van Der Vaart, deixando sua equipe mais ofensiva no meio campo. Mesmo assim, as jogadas mais perigosas continuavam sendo criadas pelas pontas, com Robben e Van Persie. Cocu teve a chance de empatar a partida, mas o chute explodiu na trave.
Conforme as expulsões foram acontecendo e o tempo foi passando, os holandeses passaram a explorar as bolas cruzadas na área. O tipo de jogada ideal para o trombador Nilsterooy. Mas Van Basten prefiriu deixar o matador no banco e fortaleceu o ataque com Hesselink.
A substituição tardia não surtiu efeito e a batalha acabou, depois de muita catimba no melhor estilo Felipão, a partida terminou aos 51 minutos(!!!), com Portugal avançando às quartas para enfrentar a Inglaterra.
Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
Sven-Goran Eriksson, o treinador da Inglaterra, fez duas alterações para esse jogo, Carragher e Crouch deixaram o time e entraram Gerrard (que havia sido poupado) e Carrick.
A alteração deu esperança a muitos que acreditavam em uma melhora no futebol apresentado pelos ingleses, afinal com a ausência do grandalhão Peter Crouch era grande a chance de que o time parasse de alçar bolar a área em demasia.
No entanto, o Equador realizava uma forte marcação no campo de defesa, diminuindo os espaços que poderiam ser aproveitados pelo English Team, diante desse cenário os europeus optaram pelos lançamentos, dessa vez sem a intenção de buscar a cabeça de seu centroavante, afinal Rooney não possui estatura para isso, o objetivo era aproveitar-se da velocidade do camisa 9, frente a defesa equatoriana que jogava em linha.
Mas isso não rendeu frutos, na realidade beneficiou os sul-americanos, uma vez que os ingleses lhes devam a posse de bola com facilidade e o Equador soube fazer uso disso, não é por outro motivo que a equipe foi melhor no primeiro tempo, os jogadores souberam trocar passes e movimentar-se muito - uma de suas maiores qualidades - além disso a maior chance da etapa inicial foi do time de amarelo, aos 10 minutos John Terry errou feio ao tentar cortar um tiro de meta batido pelo goleiro Mora, a bola sobrou para Carlos Tenório que avançou para dentro da área e finalizou, para sorte da Inglaterra Ashley Cole apareceu e tirou a esférica de sua trajetória inicial - que provavelmente seria o fundo das redes.
Aos 27' o English Team teve um raro momento de criação, em jogada individual pelo flanco esquerdo, Rooney driblou o zagueiro Hurtado e tocou para Lampard que isolou a bola.
No segundo tempo, provavelmente a pedido de Eriksson, a Inglaterra passou a privilegiar mais os passes rasteiros, em função disso os europeus ganharam o domínio da partida e também conseguiram criar chances efetivas de gol.
Logo aos 30 segundo após jogada pelo meio, Gerrard recebeu um passe na direita, bem próximo a grande área, e sofreu falta, mas o árbitro não marcou.
Porém, o gol de fato não ocorreu por meio dessa troca de passes, aos 59 minutos Beckham cobrou falta e colocou a bola no canto direito do arqueiro de Equador, Mora até tocou na esférica, mas isso não a impediu de passar pela linha que demarca o gol.
Depois disso os ingleses trataram de esfriar o jogo e esperaram até o fim do tempo regulamentar.
Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
Resumo dos 90 minutos:
Emocionante, essa com certeza é a palavra ideal para definir o jogo Argentina e México.
Os argentinos encontraram durante toda a partida muita dificuldade para impor o seu jogo, Riquelme, Maxi Rodriguez e Cambiasso recebiam marcações individuais dificultando a armação das jogadas ofensivas do time treinado por Pekerman.
O primeiro gol saiu logo no começo do jogo, aos 5 minutos, após cobrança de falta pelo lado direito do campo o zagueiro mexicano Rafa Márquez apareceu por trás da zaga e de cabeça abriu o placar (0 x 1).
Os argentinos não demoraram muito para empatar, para falar a verdade nossos “hermanos” precisaram de apenas 5 minutos. O gol saiu após cobrança de escanteio pelo lado direito, quando Riquelme cobrou e na dividida entre Crespo e Borquete a bola foi para a rede (1 x 1).
A partir de então, a Argentina começou a controlar a partida. A equipe de José Pekerman ficava bastante com a bola nos pés, porém, a forte marcação mexicana dificultava as ações ofensivas dos nossos vizinhos sul-americanos. A seleção do México, no entanto esperava ocasiões adequadas para armar os contra-ataques (isso raramente ocorreu pela deficiência do time em sair rápido da defesa). O jogo foi assim até o fim dos 90 minutos (alguns momentos os mexicanos estiveram melhor).
Na prorrogação finalmente os argentinos conseguiram marcar o segundo gol. Sorín virou o jogo para Maxi Rodriguez, o volante argentino dominou a bola no peito e sem deixar cair acertou um lindo chute no ângulo do goleiro Sanches (2 x 1).
Gols: Rafa Márquez (5 min); Crespo (10 min) e Maxi Rodriguez (96 min)
O que a Argentina precisa corrigir para enfrentar a Alemanha?
A seleção da Argentina encontrou muita dificuldade para superar a forte marcação do time mexicano, porém, não acredito que a Alemanha jogue do mesmo jeito que a equipe latina americana atuou. Klismann não exerce marcações individuais em seus adversários, sua equipe procura marcar por zona.
Porém, algo me chamou atenção, a fragilidade do lado direito da defesa Argentina e isso é realmente preocupante, já que o time alemão explorar muito esse lado do campo em suas jogadas ofensivas (Lahm, Ballack e Shweinsteiger).
Texto por Ricardo Levy, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.
O primeiro jogo valido pelas oitavas-de-final desse mundial, teve ninguém menos que os donos da casa jogando contra os Suecos, de muita tradição em copas. Os alemães, empurrados por sua fanática e calorosa torcida, fizeram sua melhor apresentação nessa Copa do Mundo até agora e não precisaram de muito tempo para abrir o marcador nessa partida. Em lançamento longo, escorado por Klose, o próprio Klose faz a jogada que termina com a precisa conclusão do jovem atacante Lukas Podolski.
Durante todo o primeiro tempo, o time do técnico Klinsmann, pressionou muito os suecos que não tiveram força para resistir à essa pressão. E aos 11 minutos, em outra grande jogada de Miroslav Klose, a bola novamente sobra para Podolski que não perdoa, fazendo o segundo gol para a seleção da casa.
Enquanto a equipe alemã jogava com facilidade no ataque, a Suécia teve durante toda a partida, sérios problemas no ataque. Nem Ibrahimovic, nem Larsson, que perdeu um pênalti, conseguiram criar reais chances de gol para os suecos. No pênalti perdido por Larsson pode-se dizer que o goleiro Lehman teve sua revanche frente ao atacante sueco, já que os dois jogadores se enfrentaram na final da Liga dos Campeões, e o atacante saiu vitorioso sagrando-se campeão pelo Barcelona.
Mesmo com o placar de 2 a 0, os germânicos insistiam no ataque o tempo todo, buscaram ampliar o mercados durante os noventa minutos. Bem diferente da equipe sueca, que logo após o segundo gol sofrido, aparentemente desistiu de buscar a classificação.
Como destaque nesse jogo temos que ressaltar a atuação de Lukas Podolski, autor dos dois gols da partida, mas também não podemos esquecer de Miroslav Klose, que não marcou nesse jogo, mas foi fundamental participando diretamente das duas jogadas que resultaram nos gols da seleção da Alemanha.
Com essa ótima apresentação, a Alemanha se transforma de um time mediano que sofria com a desconfiança de todos, inclusive de sua própria torcida, para um time forte candidato ao título.
Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour, texto por Renato Sardim.