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sexta-feira, junho 30, 2006

OPINIÃO

A ausência do meia Deco na partida de amanhã será sentida, não só porque ele é importantíssimo - ao lado de Figo - para Portugal, mas também porque sua seleção de certa forma não possui um atleta para subsitui-lo.
Em tese o reserva de Deco é o camisa dez Hugo Viana, já que este é o outro meia da equipe, entretanto o treinador Luis Felipe Scolari não parece confiar no atleta. Hugo Viana não começou jogando nas partidas que Deco esteve impossibilitado de atuar - a primeira e a terceira.
Na estréia de Portugal, Felipão optou por essa escalação:
O que mais surpeendeu foi o 4-4-2 adotado, isso porque sob o comando de Scolari os lusitanos jogaram na maior parte das vezes no 4-3-3, sob o novo esquema os volantes Tiago Mendes e Petit ganharam um oportunidade na equipe principal, talvez por se encaixarem melhor do que Costinha e Maniche, até então titulares, no entanto graças as boas atuações recentes Maniche deve ter vaga garantida.
O motivo principal para a introdução do 4-4-2 deve ter sido justamente a ausência de Deco, sem um meia que consiga organizar o jogo e trocar passes o 4-3-3 perde o sentido.
Se esse realmente for o caso, Portugal deve entrar em campo amanhã assim:
Figo, Simão Sabrosa e Cristiano Ronaldo movimentam-se entre si constantemente dificultando a marcação adversária.
Se a lesão impedir que Ronaldo jogue, deve entrar no time Boa Morte.
O 4-3-3, porém, não deve ser descartado, no último jogo da fase de grupos, quando Portugal enfrentou o México sem Deco, a equipe atuou desta forma, Felipão adiantou um dos volantes e jogou com dois armadores, Maniche e Tiago Mendes, Costinha foi expulso no último embate de sua seleção, em função disso ele deve ser subsituído por Petit.
Felipão ainda tem outra alternativa: ainda jogando no 4-3-3, o brasileiro pode pedir a Figo que faça as funções de Deco, porém o camisa sete não compartilha das características do brasileiro, o que pode inviabilizar a troca.
Na primeira partida - quando atuou no 4-4-2 - Portugal conquistou um resultado magro, 1 a 0 contra Angola, já no terceiro jogo, frente o México, os lusitanos venceram por 2 a 1 e tiveram um desempenho melhor, porém já estavam classificados.
Itália 3 X 0 Ucrânia

Apesar das constantes mudanças de escalação impostas por Marcelo Lippi, a Itália mostrou algumas características em comum em todos os seus jogos: a marcação forte e as saídas para o contra ataque.

Dessas duas características, a que os italianos mais se utilizam para vencer é a forte marcação.

Contra a Ucrânia foi assim. Em um meio campo povoado por jogadores que defendem muito bem, a Azurra se impôs sobre os ucranianos, que pouco criavam e nada ameaçavam os italianos.

Pra usar um chavão moderno do futebol, o gol italiano saiu “naturalmente” e bem cedo. Zambrotta arrancou com a bola e chutou forte no canto de Shovkovsky:1x0.

O gol precoce e a impotência de seu time frente a marcação da Itália, fez o técnico Oleg Blokhim retirar um zagueiro (Svidersky) para a entrada de um atacante (Vorobey). Mesmo assim, as únicas chances dos ucranianos eram os chutes de longe, que pouco ameaçavam a meta de Buffon.

Na segunda etapa o jogo mudou um pouco. A Itália continuava a esperar os ex-soviéticos em seu campo, porém os ucranianos tentaram agredir mais os italianos. Aos 5, Gusin cabeceou para a belíssima defesa de Buffon. Aos 12, Gusev parou novamente nas mãos de Buffon e na sobra Kalinichenko chutou para que Zambrotta tirasse a bola em cima da linha.

Após ter 3 claras chances de empatar, a Ucrânia levou o castigo. Após escanteio, Totti colocou a bola na área e Luca Toni, desencantando, marcou 2x0, praticamente selando a vitória da Itália.

Praticamente, porque Gusin ainda colocou mais uma bola na trave de Buffon e porque Toni ainda marcou mais um, aos 24, selando a goleada e reeditando um dos jogos mais tradicionais das história das Copas: Alemanha x Itália.

Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

RAIO X - ITÁLIA E UCRÂNIA
ITÁLIA

Com a contusão de Nesta e a suspensão de Materazzi, o técnico Marcelo Lippi irá escalar Barzagli, jogador do Palermo, para a zaga.

A Itália tenta superar as quartas de finais, coisa que não consegue desde 1994 quando perdeu para o Brasil na final.

Uma notícia abalou muitos os jogadores da Azurra nesses últimos dias. Um acidente envolvendo o ex-jogador e atual dirigente da Juventus, Gianluca Pessoto, pegou de surpresa seus ex-companheiros e amigos, como Del Piero e Buffon, por exemplo.

Pessoto, que jogou a Copa de 98, está hospitalizado e recebeu a visita de alguns jogadores italianos. Resta saber se isso abaterá os comandados de Marcello Lippi, ou dará motivação a mais para vencer e dedicar o triunfo à Pessoto

UCRÂNIA

Os ucranianos tem como principal baixa a contusão do atacante Voronin. Com uma lesão na coxa, Voronin está fora da Copa e em seu lugar entra o jovem Milevsky. Mais do que nunca, as fichas da Ucrânia caem sobre Schevchenko. Jogando no país do rival desde 99, o atacante do Milan é o grande nome dos ex-soviéticos e com certeza o principal motivo de preocupação para a zaga italiana.

DADOS DO JOGO

Local: Hamburgo

Horário: 16 horas

Fase: quartas-de-final

Escalações:

ITÁLIA – Buffon; Zambrota, Barzagli, Cannavaro e Grosso; Perrota, Gatuso, Pirlo e Camoranesi; Totti e Luca Toni


UCRÂNIA – Shovkovsky; Rusol, Svidersky, Nesmachny e Gusev; Tymoshchyuk, Shelayev, Rebrov e Kalinichenko; Milevsky e Schevchenko
Alemanha 1 X 1 Argentina - Pênaltis (4 X 2)

Um jogo digno de copa do mundo, um grande confronto entre dois campeões mundiais. As duas seleções tendo sobre si grandes responsabilidades. De um lado os alemães, donos da casa e jogando com o apoio da torcida tentando repetir o feito de 1974, quando também jogando em casa, derrotaram na final o time holandês, mais conhecido como “laranja mecânica”, tido por muitos como um das maiores equipes de todos os tempos. Do outro os argentinos tentando apagar a péssima impressão deixada no mundial anterior, quando a equipe foi eliminada logo na primeira fase da competição.

A partida começa com a Alemanha tentando, como nas outras partidas que disputou, impor seu ritmo de jogo, um jogo rápido pelas pontas, tentando sufocar o adversário para conseguir um gol logo no inicio. Mas ao contrario do que aconteceu anteriormente nesse mundial, os alemães estavam enfrentando um time que poderia suportar isso e alem disso, poderia anular essa estratégia. Foi o que aconteceu. Os argentinos com uma marcação muito forte no meio de campo, impedia os avanços dos comandados de Klinsmann, ficavam sem opções de jogadas quando chegavam ao meio do campo. Com isso a única chance real de gol dos alemães foi uma cabeçada de Ballack aos 16 minutos de jogo. A Argentina por sua vez, tocava bem a bola distribuindo bem suas jogadas tendo também maior posse de bola durante todo o primeiro tempo. Mas apesar de ter maior posse de bola, a equipe de Pekerman também não conseguiu criar grandes chances de gol na primeira etapa, ficando limitada a algumas jogadas de Tevez.

Na segunda etapa as equipes voltaram sem alterações e logo no primeiro ataque argentino, Riquelme bateu escanteio pela direita do ataque e o zagueiro Ayala colocou a bola nos fiundos da rede de Lehmann.

Esse gol fez com que a equipe germânica despertasse para a partida. Mesmo com uma nova postura, o time da Bavária tinha sérios problemas para atacar, já que suas jogadas pelas pontas estavam bem marcadas. Sendo assim, a primeira chance para o empate só apareceu aos 19 minutos, Ballack desperdiçou a chance. Só aos 35 minutos, em um cruzamento de Ballack, a bola foi desviada por Borowski e o artilheiro do mundial Klose não perdoou empatando a partida. foi o quinto gol de Klose nessa copa.

Na prorrogação nenhuma das equipes arriscou muito e praticamente esperaram o tempo passar para poder decidir a sorte nas cobranças de penalidades.

Nas cobranças de pênaltis Lehman pegou os pênaltis de Ayala e Cambiasso. Para a Alemanha, Neuville, Ballack, Podolski, Borowski converteram suas cobranças classificando sua seleção para as semi-finais. Os alemães esperam o vencedor do confronto entre Itália e Ucrânia.


Texto por Renato Sardim, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

HUMOR - CHARGE

O DiLetra tem sempre prazer em apresentar as charges de Enderson Takamura, desta vez ela se refere a imagem criada à Lula e Ronaldo.
Essa charge também foi publicada no Lance!.

Você pode conferir a arte de Takamura no site Caricaturas e Charges.

RAIO X - ALEMANHA E ARGENTINA
HISTÓRICO DO CONFRONTO
Duas grandes seleções, um grande confronto, talvez o maior dessa copa até agora. Alemanha e Argentina fazem um grande clássico do futebol mundial. Esse mesmo confronto, em copas passadas, já ocorreu em duas decisões de copa, em !986 e 1990, a primeira vencida pelos argentinos e a segundo vencida pelos alemães.
Será a terceira partida entre as duas seleções no período de 16 meses e quatro partidas, desde a final na Copa da Itália. O ultimo confronto aconteceu na copa das confederações no ano passado e a partida terminou empatada. Alguns jogadores que jogaram essa partida estarão em campo hoje, como Sorin, Cambiasso, Riquelme.

Alemanha

A Alemanha ficou no Grupo A nesse mundial e não teve dificuldades para se classificar na primeira colocação do grupo. Com uma campanha com cem porcento de aproveitamento na primeira fase, os comandados de Klinsmann ganharam moral para o restante da competição. Nas oitavas-definal, o confronto foi contra os suecos que haviam se classificado em segundo lugar no Grupo B. Nessa partida a Alemanha não deu chances para a Suécia e dominou toda a partida. Para o confronto contra os Argentina, o apoio de sua fanática torcida pode ser determinante para o sucesso da seleção germânica.

Argentina

Os argentinos eram um dos componentes do temido grupo da morte. Grupo esse que tinha também Holanda, Servia e Montenegro e Costa do Marfim. Contrariando as expectativas e espantando o fantasma da copa de 2002 quando a foi eliminada na primeira fase da competição, a seleção Argentina se classificou em primeiro lugar no grupo com uma rodada de antecedência com duas vitórias sobre a Costa do Marfim e Servia.Nas oitavas-de-final a equipe de José Pekermam enfrentou os mexicanos e teve muitas dificuldades para vencer. A partida foi para a prorrogação e com um belo gol de Maxi Rodriguez a Argentina se classificou.
No confronto contra a Alemanha os sul-americanos tentam vencer os donos da casa e jogando não apenas contra a seleção germânica em si, mas sim contra toda sua torcida também.
DADOS DO JOGO
Local: Berlin
Horário: 12 horas
Fase: quartas-de-final
Escalações:
Alemanha - Lehmann, Friedrich, Schweinsteiger, Frings, Klose, Ballack, Lahn, Mertesacker, Schneider, Podolski, Metzelder.
Argentina - Abbondanzieri, Ayala, Sorin, Coloccini, Heinze, Mascherano, Crespo, Riquelme, Tevez, Rodriguez, Ganzález

quinta-feira, junho 29, 2006

Confrontos históricos – Brasil x França (1986)

Pela sétima vez na história e pela segunda vez em Copas do Mundo Brasil e França se confrontariam, a seleção brasileira havia perdido uma única vez em toda história para seu rival, a derrota aconteceu em 1978 num amistoso em Paris, onde o time “canarinho” perdeu para os europeus por 1 a 0, gol marcado pelo craque Michel Platini aos 86 minutos de jogo.
Em 1986 a história foi um pouco diferente, os times se enfrentavam nas quartas-de-final da Copa do Mundo do México, a equipe dirigida por Telê Santana sofria fortes críticas por parte da imprensa nacional, que não concordava com o esquema tático adotado (como agora). Telê utilizava dois cabeças de área que tinham a função de manter a defesa protegida, os jornalistas não concordavam com isso, pois, achavam que o time brasileiro deveria ser mais ofensivo e mostrar um futebol mais bonito (como agora).
Dias antes da partida contra os franceses o treinador brasileiro relatou a imprensa que manteria o esquema, que até então, segundo Telê era muito eficaz, já que o Brasil havia passado pelas 4 primeiras partidas sem sofrer um único gol.
O jogo contra a França ocorreu no dia 21 de junho no estádio Jalisco, em Guadalajara. A seleção “canarinha” começou melhor a partida e aos 18 minutos abriu o placar com Careca (1 x 0). Após o gol o Brasil continuou mandando no jogo, porém, por uma dessas fatalidades do futebol a França empatou, após cruzamento de Rocheteau a bola desviou em Edinho e sobrou para Michel Platini que empatou o jogo (1 x 1). Assim terminou o primeiro tempo.
Na segunda etapa a equipe comandada por Telê Santa continuou melhor e pressionava o adversário, Zico (entrou no lugar de Müller) teve a chance de desempatar num pênalti sofrido por Branco, porém, o "galinho" chutou nas mãos do goleiro Joel Bats. O segundo tempo terminou com mesmo placar que começou (1 x 1) e agora as equipes tinham a prorrogação pela frente.
Na prorrogação nada mudou e a partida foi para os pênaltis. Julio César e Sócrates desperdiçaram suas cobranças, já o francês, Bruno Bellone chutou o seu na trave, mas em uma dessas peças do destino a bola bateu nas costas do goleiro Carlos e entrou. A França conquistou a vitória no pênalti batido por Luiz Fernandez, que eliminou o Brasil da Copa (4 x 3 nos pênaltis).
Após alguns dias a FIFA divulgou um comunicado onde relatava que o árbitro romeno, Ioan Igna, havia cometido um equivoco ao validar a cobrança de Bellone, aumentando ainda mais a frustração do povo brasileiro.

quarta-feira, junho 28, 2006

FOCO EM VIEIRA

Talvez o volante Patrick Vieira não tenha sido o melhor jogador durante os 90 minutos na partida de ontem entre Espanha e França, na seleção da rodada do Diletra, por exemplo, ele ficou de fora, enquanto seu companheiro Ribery conquistou a vaga na meia-direita, entretanto é dificil negar a importância que o atleta teve na vitória de sua seleção, afinal foi dele a assistência para o primeiro gol, já o segundo foi marcado pelo próprio Vieira, é em virtude disso que nós do Diletra destacamos nesse espaço o volante francês.
Nativo do Senegal, Vieira nasceu no dia 23 de junho de 1976, ou seja ele completou 30 anos há 5 dias, em função dessa idade avançada para o futebol esse pode ser a última Copa que o jogador disputa, então uma desclassificação prematura pode ter um gosto ainda mais amargo.
O volante já tinha se destacado na última partida da França na fase de grupos, quando venceu Togo por 2 a 0, naquela oportunidade o atleta também demonstrou poder de decisão, graças a isso Vieira vem sendo apontado como um dos principais atletas dos Blues, conseqüentemente um dos mais perigosos para o Brasil.
Quando tinha 8 anos a familia de Vieira deixou Senegal para ir morar na França. Logo aos 17 anos o volante fez sua estréia pelo Cannes, onde realizou 31 jogos, dois anos depois o Milan adiquiriu o jogador, entretanto Vieira só atuou pelo clube 2 vezes.
Em 96, o jogador transferiu-se para o Arsenal, time em que construiu sua brilhante carreira.
Arsené Wenger, treinador recém-chegado ao clube inglês, havia estipulado como preponderante a contratação de Vieira.
Na equipe o francês jogou 279 partidas e conquistou 4 títulos da Copa da Inglaterra e 3 do Campeonato Inglês, sendo que um deles - o de 03/04 - foi conquistado de forma invicta.
Patrick Vieira fez sua primeira partida pela Seleção Francesa em 97, em um jogo contra a Holanda, um anos depois ele foi convocado para a Copa de 98, foi dele o passe para o terceiro gol dos Blues na final, o autor do tento foi Petit, atleta que formava a dupla de volantes titular do Arsenal com o próprio Vieira.
Há de se ressaltar que o volante não era titular da França em 98, ele entrou no lugar de Djorkaeff no jogo contra o Brasil.
Posteriormente ele ganhou vaga na equipe principal, o time campeão da Eurocopa de 2000 já contava com a presença do jogador.
Com o passar dos anos Vieira foi sendo sondado por diversos times, mas o Arsenal sempre declinou as ofertas, até 14 de julho de 2005, quando o jogador decidiu aceitar a proposta da Juventus de Turim, o valor pago foi considerado baixo - 20 milhões de Euros - já que as outras propostas eram maiores.
Dizendo-se disposto a encontrar novos desafios o francês pediu para deixar o Arsenal, em decorrência disso o clube aceitou uma proposta que provavelmente não aceitaria em condições normais.
Na Juventus ele ganhou o título de Campeão Italiano desta temporada.
PORTUGAL - EXPECTATIVA DO POVO E DA IMPRENSA

Novamente o DILETRA faz contato com nossos colegas portugueses. Mais do que nunca, Portugal e Brasil possuem laços de união. Felipão e Deco fazem sucesso por lá. E de lá mesmo, nosso colega Luis Fialho nos conta como os lusitanos estão sentindo essa boa campanha de Portugal nessa Copa.

"Depois da muito festejada vitória sobre a Holanda, os portugueses acreditam de modo cada vez mais firme, que esta é a grande oportunidade de puderem finalmente ver a sua seleção brilhar no principal palco do futebol internacional.

As polêmicas em redor de Felipão e da sua convocatória parecem afastadas, ou pelo menos submergidas, pelas quatro vitórias consecutivas da equipa na Alemanha, e o momento é de união em torno de jogadores e técnico.

Estando apenas presentes oito selecções em prova, é lícito que cada uma delas se sinta com capacidade para ir à final e ser campeã. Desta forma, também em Portugal se sonha com essa possibilidade, embora o caminho até lá ainda seja longo e árduo.

Nesta altura, a principal preocupação lusa é o facto de a equipa se ver privada do contributo dos titulares Costinha e Deco – Cristiano Ronaldo parece a caminho da recuperação - para o confronto com a Inglaterra, fruto das peripécias ocorridas na partida das oitavas com os holandeses. Esse jogo ainda domina as discussões, com fortes críticas ao excessivo rigor da arbitragem do russo Ivanov, e à falta de fair-play dos holandeses em alguns momentos da partida.

Mas se este conturbado jogo deixou marcas físicas e disciplinares na equipa portuguesa, a verdade é que, com todo o seu dramatismo, também parece ter servido para reforçar ainda mais os laços de união entre os jogadores, entre eles e seu técnico, e entre a generalidade dos adeptos e todo o grupo. Muita gente parece agora perceber o porquê de Scolari se ter mantido fiel a determinados elementos (mesmo em menor forma), edificando um espírito de equipe fortíssimo, sem o qual não teria sido possível resistir ao enorme desgaste mental que esta partida exigiu.

Assim sendo, nem mesmo as ausências são capazes de subtrair o otimismo dos portugueses, que para além da qualidade da equipe, e de algumas das alternativas de que dispõe no banco (Petit e Simão, ambos em boa forma, serão seguramente os escolhidos), se baseiam também na história recente de confrontos com equipes inglesas – vitórias no Euro 2004, no Euro 2000, e vários sucessos a nível de clubes, como por exemplo as eliminações de Manchester United e Liverpool aos pés do Benfica na última Champions League - para acreditar na presença nas semi-finais desta Copa.

Se assim suceder, se dará provavelmente o reencontro de Scolari com o seu Brasil, e já se recorda também que, na única vez em que se enfrentaram a título oficial, a vitória sorriu a Portugal. Mas ainda é cedo para pensar nisso."

*LUIS FIALHO é português e também escreve para o blog www.vedetadabola.blogspot.com

Confrontos históricos – Brasil x França (1958)

Pela primeira vez em Copas do Mundo Brasil e França estavam frente à frente, antes havia ocorrido apenas um jogo entre as duas equipes, um amistoso em 1930 no qual a seleção brasileira derrotou os franceses por 3 a 2 no Rio de Janeiro.
Em 1958 na Copa do Mundo da Suécia, a história se repetiu e a seleção “canarinha” voltou a vencer os europeus após uma exibição de gala do então menino Pelé.
Os franceses eram os favoritos para conquistar a vitória, a revista “France Football” alguns dias antes do confronto divulgou sua opinião a respeito da equipe brasileira. Os jornalistas franceses relataram que o Brasil não poderia conquistar o título, pois, apesar de ser uma “equipe formada por grandes craques, todos são extremamente imaturos, emocionalmente vulneráveis, que possuem grandes dificuldades de adaptação a ambientes de competição, despreparados emocionalmente, enfim, sem condições de conquistar o titulo mundial”.
Os brasileiros não ligaram para as críticas dos jornalistas franceses e no dia 24 de junho de 1958 entraram no estádio Rasunda, em Estocolmo, prontos para provar aos 27.100 pagantes quem realmente eram os melhores do mundo.
Logo aos 2 minutos de jogo o atacante Vavá abriu o placar para os brasileiros (1 x 0), porém, a França não demorou para empatar, 7 minutos após o primeiro gol da seleção “canarinho” o jogador francês Just Fontaine igualou o placar (1 x 1).
O jogo começou a ficar nervoso e aos 37 minutos Vavá entrou com força excessiva em cima do zagueiro Robert Jonquet, o jogador francês foi obrigado a abandonar a partida, pois no lance ele acabou sofrendo uma fratura na perna.
Após o atendimento ao zagueiro francês a partida continuou e aos 39 minutos Didi fez o segundo gol dos brasileiros (2 x 1). Assim terminou o primeiro tempo, com o Brasil na frente e com Pelé devendo um golzinho.
Na segunda etapa Pelé mostrou aos franceses como se joga futebol, aos 52 minutos de jogo o então menino de 17 anos marcou o terceiro gol brasileiro (3 x 1). Não demorou muito e o menino da Vila Belmiro marcou mais dois, um aos 64 e outro aos 75 minutos de partida (5 x 1). Os franceses se abateram em campo e viram que não daria mais para virar o placar, porém, aos 83 minutos o atacante Roger Piantoni conseguiu diminuir o vexame marcando mais um gol para a França (5 x 2).
O Brasil estava classificado para final e teria pela frente os donos da casa, a Suécia, como todos sabem vencemos e nos consagramos campeões mundiais.

terça-feira, junho 27, 2006

SELEÇÃO DA RODADA - OITAVAS DE FINAIS

Quartas de finais definidas. Definida também a seleção da rodada do DILETRA. Confira os nomes:


GOLEIRO - DIDA (BRASIL)

LATERAL-DIREITO - MIGUEL (PORTUGAL)

ZAGUEIROS - CANNAVARO (ITÁLIA) e VASCHUK (UCRÂNIA)

LATERAL-ESQUERDO - LAHM (ALEMANHA)

VOLANTES - BALLACK (ALEMANHA) e ZÉ ROBERTO (BRASIL)

MEIAS - RIBÉRRY (FRANÇA) e SCHWEINSTEIGER (ALEMANHA)

ATACANTES - RONALDO (BRASIL) e PODOLSKI (ALEMANHA)

QUARTAS-DE-FINAL

CHAVE 1
Alemanha
-----X-----
Argentina
Itália---
----X---
Ucrânia
CHAVE 2
Inglaterra
-----X-----
Portugal-
Brasil-
---X---
França
Espanha 1 X 3 França

Em um jogo com poucos momentos de emoção, a França eliminou a Espanha e irá encarar o Brasil no sábado, pelas quartas de final da COPA.

1º TEMPO

Com marcação forte no meio campo, o jogo começou muito equilibrado, com pouquíssimas jogadas ofensivas. Até os 15 primeiros minutos, os espanhóis possuíam mais de 60% da posse de bola, o que não significava superioridade na partida, já que a Espanha não criava.

A prova disso foi que a o primeiro lance de perigo do jogo foi francês. Zidane fez belo lançamento para Henry. O atacante cruzou na área, mas nem Riberry (guarde esse nome) nem Vieira (hum...guarde esse nome também) conseguiram empurrar a pelota pra dentro.

E no mais belo estilo “quem não faz toma”, os espanhóis impuseram o castigo aos franceses. Depois de um escanteio, Thuram fez pênalti em Ibañez. David Villa bateu muito bem e fez 1x0.

Apesar do gol, a equipe de Raymond Domenech soube tocar a bola e em uma tabela entre Vieira (olha ele aqui) e Riberry (opa! Também você?), esse último saiu na cara de Casillas, driblou e empatou a partida.

2º TEMPO

A segunda etapa continuou muito equilibrada e quem esperava um jogo cheio de lances perigosos viu uma grande disputa no meio campo. Conforme o tempo passava, as equipes se preocupavam mais ainda em não sofrer gols e quando parecia que isso ia acontecer, veio a virada.

Em falta, Zidane alçou a bola na área, Xabi Alonso desviou para trás e Vieira(olha ele aqui de novo!) completou para as redes.

Com isso os espanhóis se mandaram, desordenadamente, para o ataque, dando espaços. Em um desses espaços, Govou achou Zidane livre. O carequinha teve calma e talento para fechar o placar: 3x1, fazendo o que, se deus quiser, será seu último gol da carreira.


No sábado às 16h, Brasil e França se enfrentam em Frankfurt. Pode ser a chance do Brasil se vingar da final de 98 ou também a chance dos franceses repetirem o jogo de 86, e eliminar os brasileiros nas quartas de final

Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica Marcel Jabbour.

Brasil 3 X 0 Gana

A Seleção de Gana é conhecida popularmente como o Brasil da África, entretanto na partida de hoje ela demonstrou uma característica bem distante da equipe tupiniquim, à exemplo das esquadras européias os africanos usam uma defesa em linha com o intuito de colocar o adversário em empedimento.

Logo aos 2 minutos o Brasil de verdade aproveitou-se disso, Kaká fez ótimo passe para Ronaldo, que partiu em velocidade e saiu cara-a-cara com o goleiro, diante disso o atacante driblou Kingson e marcou seu terceiro gol na Copa de 2006 e o décimo-quinto na soma de todos os Mundiais, essa marca o faz passar Gerd Müller, tornando Ronaldo o maior artilheiro em Copas.

Porém, ao contrário do que se esperava o Brasil não passou a dominar o jogo, bem pelo contrário na realidade.

Isso porque Gana monopolizou a posse de bola, além disso os africanos conseguiram criar diversas chances de gol, se não fosse a falta de pontaria demonstrada hoje a equipe poderia ter complicado a situação da seleção canarinho.

Em um contra-ataque veloz, aos 29min, Amoah faz boa jogada mas finaliza mal.

Aos 34' em jogada pela direita o camisa 3 Gyan recebeu cruzamento dentro da área e quase marca.

Sete minutos depois, os ganenses tiveram sua maior chance na partida, após cobrança de escanteio o zagueiro Mensah, que estava muito próximo da meta, cabeceia, Dida faz defesa no susto com as pernas e salva os tupiniquins do empate.

Gana deixava sua defesa muito exposta, isso porque os quatro atletas de meio-de-campo avançavam para o ataque, porém o Brasil não aproveitou-se tanto quanto poderia disso, já que quando recuperava a bola e tinha a possibilidade de sair em contra-ataque, a seleção ou errava muitos passes ou sofria faltas.

O zagueiro Lucio, por incrivel que pareça, teve que dar um basta a isso, há poucos instantes do fim da etapa inicial ele avançou com a bola e fez ótimo passe para Cafu na direita, o lateral foi até o fundo e cruzou para Adriano fazer o segundo.

O camisa 7 estava visivelmente impedido na jogada, se a defesa em linha de Gana já tinha defeitos, ela tornava-se mais impotente ainda quando o bandeira não vê a irregularidade, afinal essa é sua única função.

Foi o gol de número 200 do Brasil em Copas,nenhuma outra seleção alcançou esta marca.

O segundo tempo chegou com Gilberto Silva no lugar de um lesionado Emerson, mas o Brasil continuou com os mesmos problemas, uma vez que desperdiçava ataques e entregava a esférica para os adversários com facilidade.

Não é por acaso que aos 15 minutos Parreira decidiu tirar Adriano para dar lugar a Juninho Pernambucano, a alteração também foi tática, já que o Brasil também mudou o esquema, a seleção voltou a atuar no 4-5-1.

A principio tal alteração funcionou, mas não até o final do jogo, aos 33' Gyan recebeu lançamento rasteiro nas costas de Lucio, o atleta adentrou a área e arrematou fraco, para a sorte de Dida que realizou defesa simples.

Dois minutos mais tarde o mesmo Gyan foi expulso após simular infantilmente um pênalti, com isso o Brasil encontrou menos dificuldade para trocar passes e reter a posse de bola.

Aos 37' nova substituição, Ricardinho entrou no lugar de Kaká e o atleta corinthiano soube aproveitar muito bem o tempo que teve em campo, tanto é assim que conseguiu fazer quatro passes que deixaram companheiros na cara do gol, dentre esses o do terceiro tento brasileiro.

Zé Roberto avançou em direção a defesa de Gana e recebeu lançamento aéreo, o volante deixou a bola pingar a chapelou o goleiro Kingson, sem obstáculos ele só precisou tocar a bola para as redes.

Três a zero e o placar estava selado.

Agora um dos "Brasis" ruma para a África, o outro avança para as quartas-de-final e lá eles podem encontrar a França, talvez não vá haver uma partida melhor para se vingar da final de 98, até porque se os "Bleus" forem desclassificados será a última partida de Zidane, o herói do título de 6 anos atrás, em contrapartida a equipe tupiniquim corre o risco de sofrer outra derrota para os franceses.

Análise Tática e Texto por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

RAIO X - ESPANHA e FRANÇA
Duas grandes forças do futebol europeu, Espanha e França nunca se enfrentaram em COPAS do Mundo. Porém, alguns confrontos pela EUROCOPA dão a esse clássico um pouco mais de atrativos. Em 2000, os franceses bateram os espanhóis pelas quartas de finais do torneio europeu. O atacante Raúl deve se lembrar bem daquele jogo. Quando a partida estava 2x1 para os campeões mundiais de 98, o espanhol teve a oportunidade de empatar a partida, porém desperdiçou um penalti. A França avançou e sagrou-se campeã.
Outro tempero para a partida é a rixa entre o técnico Luis Aragones e o craque Henry. Em um treino em 2004, o treinador espanhol foi dar instruções a Reyes e disse:" Diz para aquele negro de m... que você é melhor que ele. Diga a ele por mim. Você é melhor". Se referindo a Henry, companheiro de Reyes no Arsenal da Espanha. A declaração teve péssima repercussão e pela primeira vez desde então, Aragones e Henry se enfrentarão, um do banco e um em campo.
ESPANHA
Depois de começar a COPA como reserva, Raul volta a equipe titular no jogo de hoje, Recuperado de contusão o espanhol fará sua 100ª partida pela seleção de seu país e espera aposentar seu colega Zidane, companheiro de Real Madrid. Fábregas também será novidade na equipe espanhola. O volante de 19 de anos entra no lugar do brasileiro Marcos Senna.
FRANÇA
De volta, após cumprir suspensão, Zidane jogará buscando adiar mais uma vez sua aposentadoria. Zizou já enfrentou a Espanha 4 vezes. Venceu duas, empatou uma e perdeu a outra. Nas duas vitórias francesas, o meia francês marcou e espera repetir a escrita.
O treinador Raymond Domenech provavelmente voltará a escalar Wiltord no ataque, ao lado de Henry. Trezeguet, então, deve voltar a esquentar o banco.
A partida entre as duas seleções será o jogo de número 700 da história das Copas. Quem vencer enfrentará o Brasil, nas quartas de finais.
RAIO-X - BRASIL CONTRA GANA

Dentro de aproximadamente meia-hora Brasil e Gana se enfrentaram com o intuito de decidir quem passa para as quartas de final da Copa do Mundo, as duas seleções nunca se encontraram antes no Mundial, entretanto eles já se enfrentaram em amistosos, o último ocorreu no dia 27 de março de 96, naquela oportunidade os brasileiros venceram por 8 a 2.

Dida foi o goleiro do Brasil, já Gana tinha três jogadores que fazem parte do elenco atual, o goleiro Kingson, o zagueiro Kuffour e o meia Addo.

A Seleção canarinho foi desclassificada em um jogo de oitavas-de-final duas vezes em toda a história das Copas do Mundo: em 34 frente a Espanha e em 90 contra a Argentina.

Já os ganeses tentam pelo menos alcançar a fase semi-final, o que constituiria em recorde dentre as equipes africanas, uma vez que nenhuma conseguiu chegar tão longe, na última Copa Senegal perdeu nas quartas.

O Brasil vem para a partida com moral, graças ao resultado obtido frente ao Japão, fica a dúvida porém se o atacante Robinho não fará falta a seleção e se os jogadores vão conseguir trocar passes, assim como Parreira e a parte da crítica especializada pede.

Os africanos tem como uma das maiores virtudes a velocidade, eles podem surpreender por meio de contra-ataques, uma arma que o Brasil ainda possui certa dificuldade para anular, embora Essian esteja suspenso e não possa atuar, o principal articulador da equipe está confirmado, Appiah deve ser o principal atleta de seu time.
OPINIÃO

Trouxe mas alguma animosidade ao já tenso Portugal X Holanda, o ato ausente de "fair-play" do defensor Heitinga.
A violentíssima falta que Deco fez logo depois no próprio Heitinga demonstra isso, a impressão é que o brasileiro quis punir o adversário, algo do tipo "Ah, ele quer ser esperto, então vai levar uma para aprender".
A reação dos portugueses se justifica, o fair-play faz parte do código de normas da ética do futebol, no entanto os comandados de Felipão também feriram a ética do esporte na partida.
A cera é uma atitude entre os entusiastas do futebol, no entanto ela agride a prática saudável do jogo tanto quanto a ausência do "fair-play".
Afinal existe maneira mais injusta de impedir o adversário de jogar, Portugal ganhava de 1 a 0 e tinha 10 jogadores em campo, para eles quanto menos futebol tivesse melhor e convenhamos eles usaram e abusaram dessa prática no segundo tempo.
Não basta dizer que os acréscimos existem por causa disso, porque no final das contas nunca vai se adicionar tempo suficiente para cobrir o que foi retardado, o juiz russo adicionou seis minutos ao tempo regulamentar, uma quantidade grande e mesmo assim não foi suficiente, porque a soma das paradas do jogo resultou em muito mais do que seis minutos.
A verdade é que no final das contas ninguém liga para a ética, o que vale são os três pontos e primenta no suco dos outros é refresco.
Mas não sejamos ingênuos, esse pensamento não vigora apenas no futebol.

segunda-feira, junho 26, 2006

HUMOR - COMENTÁRIO IRÔNICO DO DIA

Surpreendente não? A Austrália jogou quatro partidas e o centroavante Viduka não marcou nenhum gol!!!
Eu me pergunto por que.
Talvez mais surpreendente ainda foi o cartão vermelho recebido pelo gentil zagueiro Marco Materazzi, ele deve ser incompreendido pelos árbitros, já que expulsões são fatos corriqueiros em sua carreira.
Bom, mas deixando de lado a brincadeira, ás vezes eu indago quando a Fifa vai se dignar a alterar seu livro de regras, custa adicionar uma nova lei:
Parágrafo 17 - O atleta Marco Materazzi recebi cartão amarelo automaticamente assim que colocar os pés no gramado, afinal todos sabemos que em algum momento ele irá receber tal punição, então nos poupemos.
Imagine a cena.
(Galvão) Iaí Arnalllllllllllllllllldo foi justo o cartão do Materazzi?
(Arnaldo) É Galvão, a regra é clara, o Materazzi já vem com cartão.
Tá vocês me pegaram eu menti quando prometi que iria deixar a brincadeira de lado.
Suiça 0 X 0 Ucrânia - Pênaltis (0X3)

Suíça e Ucrânia disputaram hoje, um lugar nas quartas-de-final da Copa do Mundo.O vencedor desse confronto pega a seleção da Itália na próxima fase do torneio. Os suíços chegaram as oitavas-de-final depois de ter ficado com a primeira colocação no Grupo G, grupo esse que tinha a França como favorita para ser a primeira colocada, graças a duas vitórias e um empate, e ainda com o interessante fato de ser a única equipe a não ter sofrido nenhum gol até agora. Já a Ucrânia, não começou bem a competição, sendo goleada pela Espanha (4 a 0) em sua estréia, mas os antigos integrantes da extinta União Soviética, responderam com um resultado idêntico diante da Arábia Saudita, antes de derrotarem a Tunísia por 1 a 0, garantindo um lugar entre as 16 seleções classificadas.

A partida não teve lances de emoção, nenhuma das equipes fez muita questão de procurar o gol durante os noventa minutos, parecia que desde o começo os jogadores estavam esperando ansiosamente as cobranças de pênaltis. O jogo foi marcado também por um menor número de jogadas violentas, com apenas um cartão amarelo para o suíço Barnetta.

A Ucrânia tentou desde o começo do jogo, pressionar a saída de bola dos suíços, mas isso não deu muito certo e os ucranianos não conseguiram fazer com que essa pressão na saída de bola se transformasse em domínio real do jogo.

Aos 13 minutos a primeira grande chance de gol do jogo foi criada em uma saída de bola errada da Ucrânia e Wicky aproveitou para chutar contra a meta do goleiro Shovkovskyi.
Depois de um tempo de bola rolando a estratégia da Ucrânia, começou dar frutos. Avançando pelos lados e trocando passes rápidos, a equipe dirigida por Oleg Blokhin conseguia avançar constantemente em velocidade, mesmo que as jogadas não terminassem em boas finalizações. As melhores chances de gol criadas, foram em jogadas de bola parada, e aos 20 minutos, Shevchenko quase marcou, depois de uma cobrança de falta pelo lado esquerdo do campo.

Com a defesa fortalecida, depois da saída do jovem Djourou, a Suíça voltou para o segundo tempo ainda sofrendo um pouco com a presença maciça da Ucrânia em sua intermediária, mas conseguia interceptar facilmente as tentativas do adversário.Com exceção das faltas e escanteios.

A Ucrânia continuava a ser a equipe mais perigosa. Aos 29min, o zagueiro Gusin quase marcou ao se antecipar aos zagueiros da Suíça e mandar a bola, de cabeça, muito próxima à trave. A partir daí, as duas equipes passaram a evitar riscos e levar o jogo para a prorrogação.

Mas nem mesmo o tempo extra fez com que as duas equipes decidissem correr riscos para buscar a vaga nas quartas sem a necessidade da disputa por pênaltis. Nos últimos 15 minutos da prorrogação, as duas equipes praticamente gastaram o tempo e evitaram jogadas que pudessem proporcionar contra-ataques vindo dos adversários empurrando assim a decisão para a disputa por penalidades.

Nos pênaltis a Ucrânia venceu por 3 a 0, e já começa a pensar no confronto das quartas-de-final, contra a tradicional seleção Azzurra, que venceu a Austrália por 1 a 0.

Texto por Renato Sardim, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

ITÁLIA 1 X 0 AUSTRÁLIA

Resumo dos 90 minutos:

O troco foi dado e de uma maneira perfeita, não poderia ser melhor para a “azzura” que estava louca para eliminar o treinador Guus Hiddink (treinador da Coréia do Sul na Copa de 2002).
A Itália esteve melhor durante todo o primeiro tempo, a equipe treinada por Marcelo Lippi criava as melhores oportunidades de gol, enquanto seu adversário, ficava girando a bola pelo meio campo sem levar nenhum perigo ao goleiro Buffon.
No segundo tempo as coisas mudaram e a Austrália começou a controlar a partida. Essa mudança ocorreu, porque, logo aos 7 minutos da segunda etapa o zagueiro italiano, Materazzi, foi expulso após cometer falta em Bresciano.
A partir de então os australianos começaram a realizar uma tímida pressão, enquanto a Itália esperava o momento de contra-atacar. E foi assim que a “azzura” marcou o gol, aos 93 minutos de jogo (acréscimos) o lateral esquerdo Grosso arrancou sozinho para o ataque, ao invadir a área ele cortou Bresciano e logo em seguida foi tentar driblar o zagueiro Neill, na jogada o zagueiro australiano e o lateral italiano se enroscaram e o juiz deu pênalti (jogada muito polêmica, mas para mim, não foi pênalti). Após muita discussão Totti bateu e classificou a Itália.
Lembramos que em 2002 Totti foi expulso no jogo contra a Coréia do Sul e a Itália foi muito prejudicada pela arbitragem neste confronto, onde o treinador da equipe asiática era Guus Hiddink (na Copa da Coréia e do Japão a Itália também enfrentou a equipe de Hiddink nas oitavas de final, porém, naquela ocasião foi derrotada por 2 a 1).
Sei que no momento a última coisa que os australianos e Hiddink querem ouvir são ditados populares, mas aqui no Brasil temos um que se encaixa perfeitamente no momento, então aí vai: quem com ferro fere, com ferro será ferido! (acho que representa o fato muito bem).

O que a Itália precisa fazer para vencer a Ucrânia?

O time italiano joga através dos lançamentos de Pirlo para Luca Toni, isso faz com que a equipe trabalhe pouco a bola no meio de campo, dificultando as ações dos meias ofensivos e fazendo com que a bola chegue meia quadrada para os atacantes (que precisam dominar a bola).
Contra a Ucrânia a seleção italiana terá mais liberdade para realizar as jogadas de meio de campo com Del Piero e Perrota, já que os ucranianos realizam uma marcação mais fraca nesse setor do campo. Porém, os laterais da “azzura” deverão ficar mais presos do que de costume, pois, a equipe dirigida por Oleg Blokhin joga no 4-3-3 explorando as laterais do campo.

Texto por Ricardo Levy, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

RAIO X - SUÍÇA E UCRÂNIA

Retrospecto do jogo

A Ucrânia joga a sua primeira Copa do Mundo e já consegue atingir a fase de oitavas-de-final, um feito bastante significativo para o time de Andriy Shevchenko. Já os suíços vêm para sua oitava participação em mundiais e a melhor colocação que atingiram foi um quinto lugar na Copa de 1954, quando jogaram em casa.

O encontro em Colônia será o primeiro neste nível de competição. As duas seleções já se encontraram no Campeonato Europeu Sub-19 da UEFA em 2004, terminando com um empate sem gols. Sete jogadores que participaram daquela partida, dois anos atrás, chegaram à seleção principal na Copa do Mundo da FIFA 2006. Os suíços são Blerim Dzemaili, Valon Behrami e Johan Djourou, e os ucranianos são Bohdan Shust, Dmytro Chigrynskyi, Oleksandr Iatsenko e Artem Milevskiy.

SUÍÇA

Mesmo não sendo a principal favorita para terminar em primeiro no Grupo G da Copa do Mundo da Alemanha, os suíços deixaram para trás times como o da França, ex-campeã mundial, e o da Coréia do Sul que havia feito ótima campanha no mundial anterior. Os jogadores calaram seus críticos e agora enfrentam a estreante Ucrânia nas oitavas-de-final, no estádio de Colônia.

Para essa partida a seleção suíça não poderá contar com o zagueiro do Arsenal Philippe Senderos, que teve um ombro deslocado no confronto contra a Coréia do Sul, em jogo valido pela primeira fase do mundial. No seu lugar entra o jovem defensor Johannes Djourou, também do Arsenal.

UCRÂNIA

A Ucrânia terminou em segundo a primeira fase do mundial, atrás da Espanha e deixando de fora a Tunísia e a Arábia Saudita. O time do técnico Öleg Blochin teve alguns problemas no início, chegando a parecer em determinado momento que eles estavam destinados a sair da Copa logo na primeira fase. Uma surra de 4 a 0 nas mãos da Espanha em sua primeira partida foi um duro golpe na auto-estima dos ucranianos, mas os Zbirna deram a volta por cima em sua segunda partida, contra a Arábia Saudita, vencendo pelo mesmo placar elástico. Os europeus, integrantes da antiga União Soviética, então conseguiram uma magra vitória por 1 a 0 sobre a Tunísia no encontro final do grupo, o suficiente para assegurar uma vaga entre os 16 classificados para seguirem na copa.

Nesse confronto, a Ucrânia joga todas as suas fichas no talento de seu atacante, considerado por muitos, um dos melhores atacantes do mundo hoje em dia. Shevchenko, que acertou transferência para o milionário time do Chelsea, tem na sua velocidade e precisão na finalização seus pontos fortes. Shev já marcou dois gols nessa copa e é um forte candidato a fazer o primeiro gol na equipe suíça.
Dados do Jogo
Local: Colônia
Horário: 16 horas
Fase: Oitavas-de-final
Escalações:
Suíça - Zuberbuhler, Djourou, Magnin, Vogel, Cabanas, Wicky, Frei, Barnetta, Mueller,Yakin, Degen
Ucrânia - Shovkovski, Nesmachniy, Thymosshyuk, Shevchenko, Shelayev, Gusev,Voronin, Gusin, Vorobey, Vaschuk, Kalinichenko

domingo, junho 25, 2006

Raio X – Itália x Austrália

Retrospecto do confronto:

A Austrália participou de apenas uma edição de Copas do Mundo, mas isso não é uma grande novidade para os leitores do Diletra. O fato que realmente interessa saber, é que esta será a primeira vez, em mundiais, que o time da Oceania enfrentará a “Azzura”.
Fora das Copas do Mundo as equipes se enfrentaram uma única vez, o jogo aconteceu em 2000 nas Olimpíadas de Sydney e a Itália conquistou a vitória com muita dificuldade (gol de Pirlo aos 81 minutos decretando a vitória por 1 a 0). Alguns jogadores que participaram deste confronto estarão em campo amanhã, são eles: Gattuso, Zambrotta e Pirlo pela Itália; já pela Austrália são 7 jogadores: Stan Lazaridis, Josip Skoko, Brett Emerton (suspenso), Mark Viduka, Vince Grella, Marco Bresciano e Jason Culina.

Itália:

Os italianos entrarão em campo como amplos favoritos, mas isso nunca foi garantia de vitória. Os tri-campeões mundiais devem tomar alguns cuidados no confronto contra a desconhecida equipe australiana.
O time Guus Hiddink gosta de marcar individualmente seus adversários e realiza uma marcação muito forte e em certos momentos extremamente dura, isso deve dificultar a ação dos meias italianos, que provavelmente serão Totti e Camaronessi (as informações dos últimos dias dão conta que o treinador Lippi realmente sacará o atacante Luca Toni do time titular).
Para desenvolver com eficiência seu jogo, a Itália precisar explorar as laterais do campo, pois, a equipe australiana deverá congestionar o meio dificultando as ações por esse setor.

Austrália:

A palavra surpresa define perfeitamente essa equipe, nosso leitor deve lembrar que antes do início da Copa todos diziam que o Brasil já estava classificado e que a outra vaga ficaria com o Japão de Zico ou com a representante européia, a Croácia.
Bem, como todos sabem o Brasil realmente classificou em primeiro, já o Japão e a Croácia....é, esses tiveram uma surpresa.
Agora a missão australiana é surpreender os italianos e para isso a equipe deve usar algumas armas. Uma delas com certeza será a forte marcação, arma utilizada durante toda a primeira fase, a outra deverá ser a utilização do contra-ataque (muito usada também).
Para conseguir desenvolver seu jogo com eficiência a equipe de Hiddink deve se movimentar bastante e realizar trocas rápidas de bola, outra opção é jogar nas costas de Grosso, pois, o lateral esquerdo da “Azzura” sobe bastante ao ataque.


Dados do jogo

Local: Kaiserlautern
Horário: 12 horas
Fase: Oitavas de final
Escalações:

Itália – Buffon; Zambrotta, Materazzi, Cannavaro, Grosso; Pirlo, Gattuso, Perrota, Del Piero; Gilardino e Toni.

Austrália – Schwarzer; Wilkshire, Neill, Moore, Chipperfield; Grella, Cahill, Culina, Bresciano; Sterjovski e Viduka.

*As escalações foram obtidas apenas as 11 horas da manhã
FOCO EM MAXI RODRIGUEZ


A Argentina fazia um jogo duro com o México, tanto é assim que o empate resistiu até os 90 minutos de partida, isso permaneceu até o momento que o volante Maxi Rodriguez acertou um belo chute no angulo do arqueiro mexicano, o gol garantiu aos argentinos o direito de permanecer na Copa do Mundo.
Nascido em 2 de janeiro de 1981, na província de Santa Fé, Maxi Rodriguez já havia se destacado na partida em que sua equipe goleou a Sérvia & Montenegro por 6 a 0, naquela oportunidade o jogador marcou dois gols.
O volante estreou pelo Newell's na temporada de 99/2000, de lá ele seguiu para o Real Oviedo da Espanha, onde ele permaneceu por um ano, voltando depois para a equipe em que iniciou sua carreira.
Foi em 2005, após 3 temporadas no Espanyol, que ele foi contratado pelo Atlético de Madrid, seu atual clube, lá ele realizou 28 partidas tendo marcado 10 gols.
Maxi Rodriguez provavelmente ganhou a confiança de José Pekérman, o treinador da Argentina, em 2001, ano em que fez parte do elenco da seleção sub-20 argentina que ganhou a Copa do Mundo da categoria, na época o técnico da equipe era o próprio Pekérman.
FOCO EM PODOLSKI


Embora a Seleção da Alemanha faça uma ótima campanha nesta Copa do Mundo um de seus atletas, o atacante Lukas Podolski, vinha sendo questionado tanto pela imprensa quanto pela torcida, vinha - no passado mesmo - porque após os dois gols que marcou na partida frente o Equador o jogador ganhou a confiança de seus antigos detratores, talvez isso seja passageiro, mas por enquanto poucos devem duvidar das qualidades de Podolski, afinal sairam de seus pés os tentos responsáveis pela classificação de sua equipe para as quartas-de-final.
À exemplo do companheiro de ataque Miroslav Klose, Podolski nasceu na Polônia, no ano de 1985. Dois anos depois sua familia recebeu o título de cidadania alemã, o que garantiu o direito, ao jogador, de atuar pelo país sede da Copa.
A estréia do jogador como profissional ocorreu em 2003 pelo Colônia, já naquela época o clube sofria com o rebaixamento, motivado a tentar evita-lo, o então treinador da equipe Marcel Koller decidiu dar uma oportunidade a Podolski, em 19 jogos ele marcou 10 gols, mesmo assim o Colônia não conseguiu permanecer na Bundesliga.
Na segunda divisão o jovem atleta marcou 24 gols, foi nessa mesma temporada - a de 2004/2005 - que Podolski fez seu primeiro jogo pela Seleção Alemã, no dia 6 de junho de 2004 ele entrou em campo durante uma partida contra a Hungria.
Desde 1975 nenhum jogador da segunda divisão da Alemanha havia chego a esquadra de seu país.
Podolski fazia parte do elenco alemão na Eurocopa de 2004 e na Copa das Confederações de 2005, nesta última competição ele marcou 3 gols.
No começo deste mês o atacante anunciou que havia acertado a transferência para o Bayern de Munique, lá ele disputará posição com Santa Cruz, Pizarro e Makaay. A quantia paga pelo clube da bavária ainda é incerta.
Com os dois gols marcados no sábado, Podolski tem 3 gols na Copa do Mundo, ele faz parte de uma lista que contém 4 jogadores situados na vice-liderança da artilharia.
Oitavas de final - Curiosidade dos primeiros confrontos

Nessas quatro partidas das oitavas de final disputadas todos os vencedores terminaram seus respectivos grupos em primeiro, se isso permanecer nos demais jogos a França se despede da Copa na terça-feira.
Portugal 1 X 0 Holanda

Esse Portugal x Holanda sem dúvida entrará para história dos Mundiais. Não pela beleza do espetáculo, mas pelo nervosismo. Não há exageros se dissermos que essa partida foi uma batalha.

1º TEMPO

Portugal foi melhor na partida durante boa parte da primeira etapa. Aproveitando o talento de seus jogadores de meio campo, os portugueses tocaram melhor a bola e mereceram o gol, que saiu aos 23 minutos. Em uma troca de passes pela direita, Pauleta recebeu a bola e achou Maniche dentro da área. O meia cortou um zagueiro e chutou forte para fazer 1x0.

O primeiro tempo também teve como destaque o árbitro russo, Valentin Ivanov. Ele errou em não expulsar o zagueiro Boularhouz, que deu uma entrada violenta em Cristiano Ronaldo. O jogador português tentou permanecer em campo, mas acabou sendo substituído por Simão. O juiz também prejudicou os holandeses ao não dar pênalti em Robben, que recebeu uma voadora de Nuno Valente.

Ainda na primeira etapa, Costinha, que não é o piadista, armou uma brincadeira de mau gosto para Felipão. O volante já possuía cartão amarelo e, em um lance infantil, colocou a mão na bola, sendo expulso de campo.

2º TEMPO

O segundo tempo começou com a maior chance da Holanda para empatar o jogo, após cruzamento de Robben a bola sobrou para Cocu que , posicionado na área sem marcação, mandou um petardo no travessão.


Mas o que realmente marcou essa etapa foi o caráter agressivo e brigado.

Primeiro vamos às expulsões:

Aos 17, Boularhouz(lembra dele?) deixou o braço no rosto de Figo, já tinha amarelo e...Bingo!Varmelho pro zagueirão.

Aos 33, Deco, já devidamente amarelado, retardou a reposição da Holanda e.....tchanam!Vermelho!

Talvez por inveja, seu companheiro de Barcelona, Van Bronckhorst, deu uma entrada dura em Tiago. Que surpresa....cartão vermelho!

Além das expulsões houve cabeçada de Figo em Van Bommel, empurrão de Heitinga em Petit e sete cartões amarelos e por ai vai.

No meio de tanta confusão, também houve um pouco de futebol. É claro que devido as circunstâncias de jogo, muitas vezes a tática foi deixada de lado e o que contou mesmo foi a raça.

Com a expulsão de Costinha, Felipão tirou Pauleta e colocou Petit para remontar o meio de campo. Com isso, Figo, Simão e Deco eram os responsáveis pelos ataques, na verdade contra ataques portugueses.

Já Van Basten trocou Mathijsen por Van Der Vaart, deixando sua equipe mais ofensiva no meio campo. Mesmo assim, as jogadas mais perigosas continuavam sendo criadas pelas pontas, com Robben e Van Persie. Cocu teve a chance de empatar a partida, mas o chute explodiu na trave.

Conforme as expulsões foram acontecendo e o tempo foi passando, os holandeses passaram a explorar as bolas cruzadas na área. O tipo de jogada ideal para o trombador Nilsterooy. Mas Van Basten prefiriu deixar o matador no banco e fortaleceu o ataque com Hesselink.

A substituição tardia não surtiu efeito e a batalha acabou, depois de muita catimba no melhor estilo Felipão, a partida terminou aos 51 minutos(!!!), com Portugal avançando às quartas para enfrentar a Inglaterra.

Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

RAIO X DE PORTUGAL e HOLANDA
HISTÓRICO
O confronto entre Portugal e Holanda será o primeiro na história das Copas. Na verdade, as duas equipes nunca disputarão mundiais juntas. Nas únicas 3 Copas que Portugal disputou, 1966, 1986, 2002, os holandeses não estiveram presentes.

Mesmo assim, o jogo de hoje traz um certo desejo de vingança por parte da Laranja. Isso porque na semifinal da Eurocopa de 2004, a equipe de Luiz Felipe Scolari derrotou a então seleção de Davids, Seedorf, Kluivert e cia.

PORTUGAL

Luiz Felipe Scolari já fez história pela seleção portuguesa. Conseguiu levar o país para a segunda fase da Copa pela primeira vez em 40 anos. E deve escalar sua equipe com Costinha, Maniche e Deco no meio campo. O luso-brasileiro Deco fará apenas a sua segunda partida nesse Mundial, isso porque na estréia ele estava machucado e no último jogo Felipão preferiu poupar seus principais jogadores, já que a classificação para segunda fase já estava assegurada.

HOLANDA

O treinador Marco Van Basten não tem gostado das apresentações do atacante Van Nilsteroy. O centroavante foi substituído em todas as partidas da Laranja na competição. Durante a semana, em algumas oportunidades, Van Basten deixou Nilsteroy na equipe reserva, promovendo a entrada de Kuyt, jogador muito utilizado durante as eliminatórias, mas que nessa Copa tem esquentado o banco. O jogo também servirá para que o goleiro Edwin Van Der Sar bater o recorde de partidas com a camisa seleção holandesa. Van der Sar alcançará a marca 113 jogos, batendo o número de jogos do zageuiro Frank de Boer.
INGLATERRA 1 X 0 EQUADOR

Sven-Goran Eriksson, o treinador da Inglaterra, fez duas alterações para esse jogo, Carragher e Crouch deixaram o time e entraram Gerrard (que havia sido poupado) e Carrick.

A alteração deu esperança a muitos que acreditavam em uma melhora no futebol apresentado pelos ingleses, afinal com a ausência do grandalhão Peter Crouch era grande a chance de que o time parasse de alçar bolar a área em demasia.

No entanto, o Equador realizava uma forte marcação no campo de defesa, diminuindo os espaços que poderiam ser aproveitados pelo English Team, diante desse cenário os europeus optaram pelos lançamentos, dessa vez sem a intenção de buscar a cabeça de seu centroavante, afinal Rooney não possui estatura para isso, o objetivo era aproveitar-se da velocidade do camisa 9, frente a defesa equatoriana que jogava em linha.

Mas isso não rendeu frutos, na realidade beneficiou os sul-americanos, uma vez que os ingleses lhes devam a posse de bola com facilidade e o Equador soube fazer uso disso, não é por outro motivo que a equipe foi melhor no primeiro tempo, os jogadores souberam trocar passes e movimentar-se muito - uma de suas maiores qualidades - além disso a maior chance da etapa inicial foi do time de amarelo, aos 10 minutos John Terry errou feio ao tentar cortar um tiro de meta batido pelo goleiro Mora, a bola sobrou para Carlos Tenório que avançou para dentro da área e finalizou, para sorte da Inglaterra Ashley Cole apareceu e tirou a esférica de sua trajetória inicial - que provavelmente seria o fundo das redes.

Aos 27' o English Team teve um raro momento de criação, em jogada individual pelo flanco esquerdo, Rooney driblou o zagueiro Hurtado e tocou para Lampard que isolou a bola.

No segundo tempo, provavelmente a pedido de Eriksson, a Inglaterra passou a privilegiar mais os passes rasteiros, em função disso os europeus ganharam o domínio da partida e também conseguiram criar chances efetivas de gol.

Logo aos 30 segundo após jogada pelo meio, Gerrard recebeu um passe na direita, bem próximo a grande área, e sofreu falta, mas o árbitro não marcou.

Porém, o gol de fato não ocorreu por meio dessa troca de passes, aos 59 minutos Beckham cobrou falta e colocou a bola no canto direito do arqueiro de Equador, Mora até tocou na esférica, mas isso não a impediu de passar pela linha que demarca o gol.

Depois disso os ingleses trataram de esfriar o jogo e esperaram até o fim do tempo regulamentar.

Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

RAIO-X DE INGLATERRA X EQUADOR

Em cerca de 1 hora Inglaterra e Equador se enfrentam para decidir quem avança para as quartas de final da Copa do Mundo.
Os sul-americanos são apontados como a maior surpresa da Copa por enquanto, tais creditos foram garantidos após a conquista da segunda vaga do Grupo A, que, por sua vez, ocorreu graças as boas atuações frente a Polônia e Costa Rica.
Já a Inglaterra decepciona, uma vez que não realizou uma apresentação no nível que se espera nas três partidas que realizou, o atual English Team é considerado o melhor time desde a equipe de 66, ano do único título Mundial inglês.
Talvez é em função disso que o treinador Sven-Goran Eriksson pensa em mudar a equipe, noticias dão conta de que Peter Crouch deixa o time para a entrada do volante Carrick.
A seleção situada na Europa nunca perdeu para um país do 2º escalão futebolístico da América Latino em Copas.
O Equador também luta para quebrar o estigma de que desde 1970 nenhuma equipe da América do Sul (a exceção das potências Brasil e Argentina) conseguiu passar para as quartas-de-final da competição, entretanto há de se ressaltar que em 74 e 78 não houve está fase, já que depois da segunda chave de grupos os classificados estavam na semi-final direto.
Essa é a segunda Copa dos sul-americanos, em função disso Equador X Inglaterra nunca se enfrentaram antes no torneio.

sábado, junho 24, 2006

Argentina 2 X 1 México

Resumo dos 90 minutos:

Emocionante, essa com certeza é a palavra ideal para definir o jogo Argentina e México.
Os argentinos encontraram durante toda a partida muita dificuldade para impor o seu jogo, Riquelme, Maxi Rodriguez e Cambiasso recebiam marcações individuais dificultando a armação das jogadas ofensivas do time treinado por Pekerman.
O primeiro gol saiu logo no começo do jogo, aos 5 minutos, após cobrança de falta pelo lado direito do campo o zagueiro mexicano Rafa Márquez apareceu por trás da zaga e de cabeça abriu o placar (0 x 1).
Os argentinos não demoraram muito para empatar, para falar a verdade nossos “hermanos” precisaram de apenas 5 minutos. O gol saiu após cobrança de escanteio pelo lado direito, quando Riquelme cobrou e na dividida entre Crespo e Borquete a bola foi para a rede (1 x 1).
A partir de então, a Argentina começou a controlar a partida. A equipe de José Pekerman ficava bastante com a bola nos pés, porém, a forte marcação mexicana dificultava as ações ofensivas dos nossos vizinhos sul-americanos. A seleção do México, no entanto esperava ocasiões adequadas para armar os contra-ataques (isso raramente ocorreu pela deficiência do time em sair rápido da defesa). O jogo foi assim até o fim dos 90 minutos (alguns momentos os mexicanos estiveram melhor).
Na prorrogação finalmente os argentinos conseguiram marcar o segundo gol. Sorín virou o jogo para Maxi Rodriguez, o volante argentino dominou a bola no peito e sem deixar cair acertou um lindo chute no ângulo do goleiro Sanches (2 x 1).

Gols: Rafa Márquez (5 min); Crespo (10 min) e Maxi Rodriguez (96 min)

O que a Argentina precisa corrigir para enfrentar a Alemanha?

A seleção da Argentina encontrou muita dificuldade para superar a forte marcação do time mexicano, porém, não acredito que a Alemanha jogue do mesmo jeito que a equipe latina americana atuou. Klismann não exerce marcações individuais em seus adversários, sua equipe procura marcar por zona.
Porém, algo me chamou atenção, a fragilidade do lado direito da defesa Argentina e isso é realmente preocupante, já que o time alemão explorar muito esse lado do campo em suas jogadas ofensivas (Lahm, Ballack e Shweinsteiger).

Texto por Ricardo Levy, Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour.

Raio X - oitavas de final (Argentina x México)

Hoje às 4 horas da tarde entrarão em campo duas potências do futebol latino americano, Argentina e México se enfrentarão buscando uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Mundo da Alemanha.
O jogo que ocorrerá no estádio de Leipzig estará repleto de atrativos para os amantes deste esporte fascinante, pois, grandes craques do futebol mundial estarão em campo, além de ser o confronto da favorita Argentina contra o surpreendente time mexicano.
As duas equipes fizeram campanhas bastante diferentes na primeira fase, todos esperavam muito dos argentinos, em campo nossos “hermanos” mostraram toda sua força e superaram todas as expectativas. Com a seleção do México, não foi bem assim, o time treinado por Ricardo La Volpe ficou bem a baixo do que todos esperavam e passou apertado pela primeira fase.
Mas hoje a situação é diferente, não se trata mais da fase de grupos onde as seleções ainda estão sendo ajustadas, agora é matar ou morrer. E para conseguir alcançar esse objetivo, o treinador argentino que dirige a equipe mexicana pode explorar alguns aspectos, como as subidas do lateral Sorín. Em todos os jogos da primeira fase o atacante Bravo jogou explorando as costas dos laterais esquerdos adversários, hoje não deverá ser diferente. Já o treinador da seleção Argentina, José Pekerman, deverá utilizar as mesmas armas dos últimos jogos, como as subidas do lateral Sorin e os avanços dos volantes, Maxi Rodriguez e Lucho Gonzáles.
Agora é esperar e observar o duelo.

Histórico do confronto em Copas do Mundo:

O primeiro e único confronto entre as duas equipes em Copas do Mundo ocorreu no ano de 1930, no primeiro mundial da história. O jogo foi 6 a 3 para os argentinos, que naquela edição do torneio se consagrou vice-campeã.

Em toda história:
23 partidas
8 vitórias da Argentina
4 vitórias do México
11 empates
Alemanha 2 X 0 Suécia

O primeiro jogo valido pelas oitavas-de-final desse mundial, teve ninguém menos que os donos da casa jogando contra os Suecos, de muita tradição em copas. Os alemães, empurrados por sua fanática e calorosa torcida, fizeram sua melhor apresentação nessa Copa do Mundo até agora e não precisaram de muito tempo para abrir o marcador nessa partida. Em lançamento longo, escorado por Klose, o próprio Klose faz a jogada que termina com a precisa conclusão do jovem atacante Lukas Podolski.

Durante todo o primeiro tempo, o time do técnico Klinsmann, pressionou muito os suecos que não tiveram força para resistir à essa pressão. E aos 11 minutos, em outra grande jogada de Miroslav Klose, a bola novamente sobra para Podolski que não perdoa, fazendo o segundo gol para a seleção da casa.

Enquanto a equipe alemã jogava com facilidade no ataque, a Suécia teve durante toda a partida, sérios problemas no ataque. Nem Ibrahimovic, nem Larsson, que perdeu um pênalti, conseguiram criar reais chances de gol para os suecos. No pênalti perdido por Larsson pode-se dizer que o goleiro Lehman teve sua revanche frente ao atacante sueco, já que os dois jogadores se enfrentaram na final da Liga dos Campeões, e o atacante saiu vitorioso sagrando-se campeão pelo Barcelona.

Mesmo com o placar de 2 a 0, os germânicos insistiam no ataque o tempo todo, buscaram ampliar o mercados durante os noventa minutos. Bem diferente da equipe sueca, que logo após o segundo gol sofrido, aparentemente desistiu de buscar a classificação.

Como destaque nesse jogo temos que ressaltar a atuação de Lukas Podolski, autor dos dois gols da partida, mas também não podemos esquecer de Miroslav Klose, que não marcou nesse jogo, mas foi fundamental participando diretamente das duas jogadas que resultaram nos gols da seleção da Alemanha.


Com essa ótima apresentação, a Alemanha se transforma de um time mediano que sofria com a desconfiança de todos, inclusive de sua própria torcida, para um time forte candidato ao título.

Análise Tática por Rakal D'Addio, Arte Gráfica por Marcel Jabbour, texto por Renato Sardim.